Três policiais foram presos na noite desta terça-feira (18), no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza. Eles estavam armados, usando balaclavas e secando pneus de viaturas do 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará (BPChoque) foi acionado para o local para dispersar um grupo de policiais militares, bombeiros e familiares. A informação é da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Segundo o tenente-coronel Barreto, 120 agentes fecharam todo o perímetro da área para retomar o controle. As mulheres dos policiais fecharam a portaria do batalhão.
O Ministério Público tinha entrado com uma ação pedindo bloqueio das contas de cinco entidades que, segundo o órgão, financiam movimentos grevistas de policiais e bombeiros militares. Segundo o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, a medida, anunciada na última segunda-feira (17) é uma maneira de garantir os direitos da população cearense no contexto de ameaça de paralisação da categoria.
E ainda na segunda-feira (17), a Justiça do Ceará decidiu pela ilegalidade do movimento dos policiais e autorizou a prisão de militares que participaram de manifestações e greves até que o Órgão Especial discuta o assunto. Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o assunto não cabe ao direito penal, mas ao administrativo.
O Governo do Estado do Ceará informou por meio de nota que todos os policiais envolvidos em atos que configurem crime militar estão tendo Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado de imediato pelos comandos, Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela CGD, sofrerão todas as sanções previstas em lei, e já serão excluídos da folha de pagamento pela Secretaria de Planejamento. Os policiais que abandonarem o serviço sofrerão as mesmas sanções. Os comandos não irão tolerar atos de indisciplina e quebra de hierarquia.
Com informações Cnews
