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segunda-feira, 4 de abril de 2016

COPA DO NORDESTE: Leão e Vovô diante de diferentes amargos com eliminação no Nordestão

O domingo foi de eliminações para os times cearenses na Copa do Nordeste. Apesar do mesmo impacto de deixar de ganhar cerca de R$ 1 milhão que viria com uma vaga na semifinal, as desclassificações de Fortaleza e Ceará têm pesos e consequências diferentes.
O Fortaleza sai de maneira menos cabisbaixa. O time do Pici ficou a três bolas na trave — e várias chances claras perdidas — de eliminar na Fonte Nova o Bahia, melhor time do Nordestão.
Já era sabido desde o início que seria difícil reverter a desvantagem em Salvador e voltar com vaga à semifinal. Mas, o Fortaleza esteve muito próximo disso. O empate por 1 a 1 contra o Bahia, com o Leão tendo boa atuação, arrefece eventuais críticas pela eliminação.
O desempenho também é demonstração de solidez do trabalho do técnico Marquinhos Santos, que tem a missão de conduzir um Fortaleza muito mais fortalecido psicologicamente para partir em busca do bicampeonato estadual. O torcedor tricolor lamenta, mas sabe que a desclassificação não tem o gosto amargo sentido pelo maior rival.
O Ceará, sim, tem motivos para se preocupar com a eliminação diante do Santa Cruz. Apático em campo, o Vovô até se aproximou de despachar os pernambucanos no pênalti que acabou perdido por Rafael Costa. Porém, na derrota por 1 a 0, fica para o torcedor alvinegro a frustração de ver um time pouco criativo, que consegue — quando consegue — as coisas muito mais por acaso do que por competência.
O sonho frustrado de conseguir o bicampeonato da Copa do Nordeste é adiado em razão de um time burocrático. Resultado e desempenho fazem gritar em Porangabuçu a urgência por um treinador efetivo.
Já no próximo domingo, o Ceará enfrenta a possibilidade real de ser eliminado do Estadual antes mesmo das semifinais. Vexame que, de cara, deixaria o Vovô fora da Copa do Nordeste 2017.
A DOR É NO BOLSO
Se as eliminações tiveram sabores diferentes para Fortaleza e Ceará, no bolso a dor é a mesma. Fora do Regional, cada um deixa de faturar cerca de R$1 milhão com premiações e bilheterias previstas para a disputa de uma semifinal. Quem passou de fase ganhou cota de R$450mil. Casa cheia e patrocínios pontuais num jogo valendo vaga na final renderiam o restante desta conta. Dinheiro esse sempre importante para cofres que nem sempre contam vantagem por estar cheios.
Times pernambucanos estão nas semifinais. O Santa Cruz enfrenta o Bahia, enquanto o Sport pega o Campinense-PB.
Fonte: O Povo