O boleto bancário continua sendo um dos métodos de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Mas cuidado! Ele também pode ser alvo de fraudes para roubar o seu dinheiro. Em um dos golpes, os criminosos, além de conseguirem acessar os dados do computador e do aparelho móvel da vítima, eles alteram os dados dos boletos emitidos pela internet e redirecionam a quantia depositada até a conta dos golpistas. A fraude mais recorrente em boletos consiste em modificar o código de barras do documento para desviar o pagamento da vítima. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) chama a atenção para o método utilizado pelos criminosos e alerta a população para que fique atenta na hora de fazer pagamentos de forma segura.
Investigações conduzidas pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), unidade especializada da PCCE que apura crimes de estelionato no Ceará, indicam que a fraude do boleto falso consiste na falsificação de cobranças para fazer com que o pagamento seja direcionado para a conta bancária do golpista. São vários truques para atrair a vítima, que vão desde a manipulação do código de barras do documento até a criação de páginas falsas que oferecem o download da fatura fraudulenta.
O delegado adjunto da DDF, Carlos Teófilo, ressalta que neste período de pandemia os estelionatários continuam aplicando diversos golpes, entre eles, o do falso boleto. “A população precisa ficar atenta e observar os detalhes na emissão do boleto, como erros ortográficos, bem como o nome do beneficiário. Outro fato importantíssimo é evitar o acesso de contas pessoais utilizando o Wi-Fi de locais públicos. Analisar também, a numeração do código de barras e comparar com os boletos anteriores para confirmar a numeração do banco do qual você tem hábito de efetuar os pagamentos”, finaliza.
Os métodos mais utilizados pelos fraudadores são a adulteração do código de barras de boletos já recebidos pelas vítimas, como plano de saúde, contas de condomínio e até mesmo a prestação de financiamento de carro ou a prestação da escola dos filhos. A adulteração pode acontecer também pelo computador pessoal por meio de um malware (software malicioso que invade a máquina e pode alterar o número do código de barras), para que, no momento do pagamento, você copie o código errado. As invasões de programas maliciosos também incluem a criação de páginas falsas para forjar faturas, o envio de e-mails com histórias falsas, geralmente, em tom emotivo, induzindo a vítima ao descarte do boleto verdadeiro e pagamento do documento falso.
Antes de realizar o pagamento de uma conta utilizando um boleto bancário, o cidadão deve atentar às principais informações para identificar se ele é válido ou falso:
– Confira todos os dados inseridos no boleto;
– Atente para a grafia correta das palavras e das informações do boleto;
– Note que os últimos números do boleto correspondem ao valor que será pago na fatura. Desconfie se a sequência numérica contida no código de barras for maior;
– Se for uma fatura de pagamento recorrente, por exemplo de telefone ou TV a cabo, o código deve permanecer o mesmo em todos os meses, já que os valores permanecem inalterados;
– Verifique a procedência da empresa que emitiu a fatura. Se o nome e o CNPJ coincidirem, prossiga no pagamento;
– Opte pela leitura automática do código de barras no terminal do banco ou no aplicativo de do celular de uso pessoal;
– Se precisar baixar a 2ª cópia da fatura, faça apenas no site da empresa ou do banco;
– Certifique-se de que o site é seguro e que você está navegando na página correta;
– Se suspeitar que o computador que você está utilizando estiver infectado, o programa malicioso pode embaralhar o código de barras e o pagamento pode ser direcionado à conta dos criminosos;
– Evite fazer transações financeiras utilizando Wi-Fi de locais públicos;
Denúncias
A Polícia Civil está atenta às fraudes em meio virtual e pede a colaboração da população para que faça o registro das ocorrências para subsidiar as investigações no intuito de identificar os suspeitos e coibir novos delitos. O crime de estelionato pode ser reportado via Delegacia Eletrônica (Deletron) da Polícia Civil do Ceará, pelo site https://www.delegaciaeletronica.ce.gov.br/beo/. Os procedimentos serão redistribuídos para as delegacias mais próximas do endereço da vítima ou, nos casos em que o montante investigado seja equivalente ou superior a 80 salários mínimos vigente, a investigação ficará a cargo da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF).
Com informações SSPDS