A Justiça de São Paulo determinou a prisão preventiva, por tempo indeterminado, de um padre do interior de São Paulo, sob a suspeita de ter estuprado dois coroinhas da paróquia na qual atuava, em Presidente Epitácio.
O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara da Comarca de Presidente Epitácio. O religioso, que estava foragido, se entregou à polícia de Presidente Prudente, na última quinta-feira (28), junto com um advogado. O processo está sob segredo de Justiça.
Segundo a Polícia Civil de Presidente Prudente, as vítimas eram menores. O padre já vinha sendo procurado pela polícia há algum tempo. Antes de viver em Presidente Prudente, chegou a morar em Goiás.
O R7 entrou em contato com a Diocese de Presidente Prudente, mas não obteve retorno. A reportagem também tenta localizar o advogado do padre.
Abusos da Igreja
O caso ocorreu quatro dias depois de o papa Francisco ter convocado uma reunião com o Vaticano para cobrar medidas contra um dos assuntos mais polêmicos para a Igreja. Em fevereiro, o papa pediu aos líderes da igreja de todo o mundo que "adotem medidas concretas" para combater a pedofilia em uma reunião do Vaticano sobre o tema.
O papa Francisco comparou, em seu discurso de encerramento da reunião, o que chamou de "praga" dos abusos sexuais de menores de idade com as práticas religiosas do passado de oferecer seres humanos em sacrifício.
"Me traz à mente a cruel prática religiosa, difundida no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos - frequentemente crianças - como sacrifício nos rituais pagãos", disse o papa.
Os organizadores da reunião esperam que o Vaticano anuncie uma série de medidas a curto, médio e longo prazo contra a pedofilia entre religiosos.