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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Presença de sobreviventes em escombros é improvável, dizem Bombeiros

Passadas mais de 48 horas do incêndio e desabamento do antigo prédio da Polícia Federal no largo do Paissandu, no centro de São Paulo, o Corpo de Bombeiros mudou a estratégia de operação e já considera muito improvável encontrar pessoas ainda com vida.

“Não digo impossível porque sempre há esperança, mas é muito improvável. São condições incompatíveis com a vida”, disse o capitão Robson Mitsuo, que anunciou a decisão dos Bombeiros.

P or volta das 3h30 desta quinta-feira, máquinas pesadas entraram no local para agilizar a a remoção dos escombros. Prossegue também o resfriamento da estrutura, que ainda apresenta focos de incêndio, além da atenção visual à presença de possíveis vítimas. 

“Informamos que completadas as 48 horas do colapso estrutural do edifício no Largo do Paissandu o Corpo de Bombeiros já entrou com máquinas para auxiliar o homem na remoção dos escombros. Cumpre salientar que isso não quer dizer que descartamos encontrar vítimas com vida, mesmo com as máquinas o trabalho continuará cuidadoso”, diz a nota dos bombeiros foi postada no Twitter da corporação.

O desabamento em si, a temperatura de mais de 600ºC, e o tempo passado desde o início da ocorrência foram determinantes para a decisão das equipes sobre a mudança de operação.

O prazo de 48 horas segue um protocolo estabelecido internacionalmente para buscas. Os Bombeiros dizem que até uma semana depois é possível encontrar possíveis sobreviventes, mas a possibilidade é drasticamente reduzida após o prazo protocolar.

O outro prédio atingido parcialmente pelo incêndio segue sob monitoramento, por meio de detectores de movimento que acusam qualquer sinal de deslocamento na estrutura.

A Prefeitura de São Paulo trabalha com o número de quatro desaparecidos: Ricardo, conhecido como “Tatuagem”, e uma mãe, Selma, e seus dois filhos.

“A qualquer sinal as máquinas vão parar e serão feitas buscas manuais e com cães farejadores”, disse Mitsuo.

No largo do Paissandu, dezenas de pessoas que moravam na ocupação continuam acampadas ao longo da madrugada.

Movimentos populares e religiosos estiveram presentes ao longo da noite na praça para entregar doações aos acampados, entre roupas e alimentos.

Fonte: Yahoo Notícias