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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Golpe da pirâmide com moedas virtuais explode no Ceará

A cada dia, lucro de 1%. Por mês, 30% a mais na conta. A promessa de um alto rendimento aliada a depoimentos com histórias de sucesso de quem já investiu, encanta e deixa passar desapercebida a possibilidade de se tratar de um golpe. Conforme a Polícia Civil, no Ceará, cerca de 500 pessoas já foram vítimas do esquema da pirâmide que comercializa moedas virtuais.

Três plataformas digitais vêm sendo investigadas no Estado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). De acordo com o delegado adjunto da Especializada, Andrade Júnior, as empresas, supostamente, norte-americanas, são responsáveis pelo desvio de milhões de reais a partir da comercialização de duas pseudocriptomoedas Bitcoin e Ethereum.

O golpe, já amplamente conhecido em outros estados do Brasil, acontece no esquema de pirâmide. É preciso persuadir novos investidores para subir de nível e aumentar o ganho. Segundo Andrade Júnior, o crime tem início a partir do momento em que é vendido o que não existe. Em determinado momento, a farsa não se sustenta e os pagamentos cessam.

O adjunto da DDF lembra que a comercialização das criptomoedas não é irregular. Elas existem e podem ser negociadas. No entanto, com a alta e rápida valorização, foram criadas falsas plataformas que trazem ofertas de investimentos com lucratividade milionária.

"Ao invés da pessoa acessar a plataforma original do Bitcoin, por exemplo, as vítimas estão adquirindo pseudocotas em outros sites. Geralmente, o golpe se inicia com cinco pessoas. Esse grupo cria uma rede e começa a dar palestra com testemunhos de sucesso. Eles dizem que investiram mil dólares e mostram um falso retorno para conquistarem o público", detalha o delegado.

Fonte: Diário do Nordeste