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terça-feira, 7 de novembro de 2017

CEARÁ: Número de chacinas neste ano já é cinco vezes maior que em 2016; dois casos seguem sem solução

Cinco chacinas ocorreram no Ceará até outubro deste ano. Nos dados oficiais, contabilizados pela Assessoria de Análise Estatística e Criminal (AAESC) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ainda constam quatro, uma vez que os dados referentes ao mês de outubro não foram fechados, deixando sem registro o caso ocorrido no Bom Jardim no último dia 8. No ano passado, ocorreu um crime dessa natureza.

Ao todo, são 24 vítimas. A maioria homens, mas há mulheres e uma criança de 3 anos. Dois casos aconteceram em Fortaleza. Os outros três em cidades da Região Metropolitana.

Dos cinco casos de chacina ocorridos no Ceará, três tiveram a prisão de pelo menos algum envolvido no crime. Os demais, como a chacina ocorrida em Aquiraz e a do município de Paraibapa, seguem sem a prisão dos culpados. Crimes são considerados chacinas quando há mais de três vítimas, sem chances de defesa.

Granja Lisboa

A primeira chacina deste ano aconteceu no dia 20 de fevereiro, no bairro Granja Lisboa, quando um tiroteio deixou cinco pessoas mortas e três feridas. O caso aconteceu em um dos apartamentos do conjunto habitacional "Leonel Brizola", na rua José Martins. Segundo a Polícia Militar, quatro vítimas morreram no local com tiros na cabeça, e a quinta pessoa, um adolescente de 17 anos, chegou a ser socorrido com tiros na perna, no pulso e na virilha, mas morreu no hospital.

As vítimas foram identificadas como Valdirene Nascimento Ribeiro, 23 anos; Jeferson Badaró Gomes Oliveira, 23 anos; homem identificado apenas como "Bolota''; e mais um homem, também sem identificação. Além do adolescente de 17 anos. O tenente-coronel Jean Falcão, comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar, informou na época, que o caso teria ligação com a disputa pelo tráfico de drogas.

A Polícia Civil do Estado do Ceará informou, por meio de nota, que três pessoas foram capturadas no dia 20 de fevereiro, mesmo dia do crime, sob suspeita de participação na chacina. Porém, o POVO Online apurou que as prisões aconteceram dois dias depois, em uma ação conjunta entre a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Grupos de Ações Táticas Especiais (Gate).

De acordo com a Polícia, os presos seriam Flaviana de Assis Forte, 23 anos, Francisco Alysson Lima dos Santos, 22 anos e José Carlos Pereira da Silva. Além desses, na ocasião, a polícia também tinha informado ao O POVO a prisão de Francisco Bruno dos Anjos da Silva.

FONTE: O POVO