As contas de
água dos consumidores de Fortaleza e de mais 150 municípios atendidos pela
Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) com vencimento em julho virão
acrescidas por um reajuste de 12,9%. Isso porque as agências regularas do Ceará
autorizaram a recomposição das tarifas de água tratada distribuída pela
Companhia a partir de 26 de junho.
Segundo a
Cagece, agências reguladoras autorizaram a companhia a aplicar revisão
ordinária de 17,23% na tarifa média praticada na prestação dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, m a Cagece optou por aplicar
inicialmente 12,9% como forma de evitar um impacto financeiro no orçamento do
cliente. Considerando as variáveis aplicadas nos últimos meses para cálculo da
tarifa, com a revisão que será aplicada (12,9%), a tarifa média da Cagece
ficará em R$ 3,17.
A revisão
tarifária visa manter o equilíbrio financeiro da empresa e leva em consideração
aspectos como o aumento nos custos de produção e operação agravados pela crise
hídrica, a redução gradativa no consumo de água observada em Fortaleza e Região
Metropolitana e o aumento nos preços dos insumos. A tabela com a nova estrutura
tarifária já está disponível para consulta no portal companhia.
A Cagece adota
um modelo de estrutura tarifária progressiva, onde as tarifas são definidas de
acordo com a categoria e a demanda de consumo de cada cliente. Ou seja, a
tarifa torna-se mais cara, à medida em que o consumo aumenta. Esta é uma
maneira da companhia garantir uma cobrança justa, evitar o desperdício de água
tratada e subsidiar a tarifa paga pelos clientes com menor poder aquisitivo,
como é o caso da tarifa social, por exemplo.
A revisão
ordinária foi autorizada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos
Delegados do Estado do Ceará (Arce) – no caso dos municípios do interior; e
Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de
Saneamento Ambiental (ACFor) – no caso de Fortaleza.
Revisão
A revisão das
tarifas de água ocorrem anualmente em todas as concessionárias no país. Em
novembro de 2015, as agências reguladoras autorizaram revisão extraordinária
das tarifas em um percentual médio de 12,9%. Tal revisão teve caráter extraordinário
quando foi identificado risco de desequilíbrio nas contas da companhia. Em
março de 2016, as agências concederam revisão de 11,96% no intuito de recompor
o percentual aplicado no ano de 2015.
Fonte: G1