A Polícia Federal informou nesta terça-feira (30) que irá abrir um inquérito para investigar ameaça de morte recebida, por e-mail, pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) no momento em que ele dava início aos seus questionamentos à presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de segunda-feira (29) do processo de impeachment no Senado.
A mensagem anônima foi enviada ao endereço eletrônico funcional do parlamentar às 14h14. No e-mail, intitulado “Aviso”, Aécio é chamado de “canalha asqueroso”.
O remetente exige que o tucano renuncie ao seu mandato ou irá "matar você e toda a sua família". Em anexo, há uma fotografia do cadáver de um jovem assassinado e coberto de sangue.
Mensagens idênticas foram enviadas a outros parlamentares que atuaram ativamente no processo de impeachment de Dilma, entre eles o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator na comissão especial e autor do parecer que defende o afastamento definitivo da petista.
Outro destinatário de e-mail semelhante, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que o episódio não o preocupa. “É molecagem”, afirmou.
O senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, contou que também recebeu o e-mail de ameaça enviado aos colegas tucanos. Na tarde desta terça, ele revelou ao G1 ter sido alvo de outra ameaça, desta vez, pelo celular, dizendo que seus filhos iriam sofrer “vingança”.
Segundo ele, a segurança do Senado foi comunicada sobre o fato. "Não posso dizer que seja molecagem. Não sou assustado. Porém, não é bom receber isso", ponderou o peemedebista.
Aa assessoria de imprensa da PF informou que, por ora, a instituição foi notificada apenas da situação envolvendo o senador Aécio Neves e que os fatos já estão sendo apurados.
Fonte: G1