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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ceará tem taxa de desemprego de 8,8% no segundo trimestre, diz IBGE

A taxa de desemprego subiu no segundo trimestre deste ano e chegou a 8,8% no Ceará, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, a taxa é de 8,3%, a maior taxa da série histórica, que teve inicio em 2012. No primeiro trimestre deste ano, o índice foi de 7,9%. Já no segundo trimestre de 2014, a taxa foi de 6,8%. Apesar do aumento, o índice de desemprego no Ceará é o segundo menor do Nordeste, atrás apenas do Piauí, com 7,7% da população economicamente ativa desempregada.
Segundo o IBGE, a pesquisa mostrou aumento da procura por trabalho, 421 mil pessoas no trimestre, em comparação com o trimestre anterior, e 1,6 milhão em relação ao segundo trimestre de 2014.

A Pnad Contínua apontou ainda redução do contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, queda de 157 mil em relação ao trimestre anterior e 971 mil em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A análise mostrou ainda crescimento da participação dos trabalhadores por conta própria na população ocupada, 293 mil em relação ao trimestre anterior e 989 mil, em comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). São investigados 3.464 municípios e aproximadamente 210 mil domicílios em um trimestre, informou o IBGE.

38,7% fora da força de trabalho
No Brasil, 38,7% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa. A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres. No 2º trimestre de 2015, elas representavam 65,8%.

O Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho, 42,8%. As regiões Sul (36,0%) e Centro-Oeste (34,8%) tiveram os menores percentuais.

Rendimentos
No segundo trimestre, o rendimento médio real (todos os ganhos recebidos no mês) de todos os trabalhadores ocupados foi estimado em R$ 1.882 – 1,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1.855, porém estável (leve alta de 0,5%) na comparação com o trimestre anterior, que foi de R$ 1.892.

O Ceará tem a terceira pior renda média mensal do país, com R$ 1.193. O Ceará fica à frente apenas do Piauí (R$ 1.164) e Maranhão (R$ 956).
Fonte: G1