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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

257 mil crianças ainda devem ser vacinadas contra pólio no Ceará

Até o dia 31 de agosto, quando termina a campanha nacional de vacinação, 257 mil de crianças ainda precisam ser vacinadas contra a paralisia infantil no Ceará, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (25), pelo Ministério da Saúde.
No estado, 13,3 mil crianças já receberam a gotinha e a meta é vacinar mais de 570,4 mil crianças. A vacina é a única forma de prevenção contra paralisia infantil. A campanha não deverá ser prorrogada, segundo o Ministério da Saúde.
No Brasil, a expectativa é vacinar, pelo menos, 12 milhões de crianças de seis meses a cinco anos incompletos, o que representa 95% nesta faixa-etária. O público total é de 12,7 milhões. Vale destacar que todas as crianças nesta faixa-etária devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio. Neste caso, a dose servirá como reforço na proteção.
O objetivo da campanha, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, é manter o país livre da pólio, uma vez que o último caso da doença foi registrado em 1989. “É fundamental que pais e responsáveis levem as crianças para receber a vacina até o dia 31 de agosto, para mantermos a pólio erradicada no Brasil. Até mesmo aquele pai que perdeu a caderneta, e não se lembra quando foi a última dose, deve ir a um posto de vacinação”, orienta o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Atualização
Outras doenças, como sarampo e caxumba, também podem ser evitadas por meio da vacinação ainda na infância. Pais e responsáveis, quando levarem as crianças para receber a gotinha contra a paralisia, devem apresentar a caderneta infantil ao profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras vacinas. Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.

As crianças que ainda não iniciaram o esquema vacinal contra a poliomielite não receberão a gotinha, mas sim a dose injetável, que é aplicada aos dois e quatro meses de idade do bebê. A vacina de oral só é administrada depois que a criança já recebeu as duas doses injetáveis. A vacina injetável fica disponível durante todo o ano nos postos de vacinação, pois faz parte do calendário Nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A vacina contra a paralisia infantil é a única forma de prevenção contra a doença, que não possui tratamento. A dose ofertada pelo PNI é segura e tem eficácia entre 90% e 95%. Não há contraindicações para o uso da VIP ou da VOP. Crianças com sintomas como tosse, coriza, rinite ou diarreia podem receber a vacina normalmente. Já crianças com infecções agudas, febre acima de 38ºC ou hipersensibilidade a algum componente da vacina devem ser avaliadas por um médico, que irá avaliar se a dose pode ser aplicada na hora ou se deve ser agendada.

Poliomielite
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Fonte: G1