O volante Luiz Antônio, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio nesta sexta-feira por suposta tentativa de aplicar um "golpe do seguro" e associação a um grupo de milicianos que atua na zona oeste da capital fluminense. O pai do jogador, Luiz Carlos Soares, e o policial civil Alexandre Antunes, amigo da família, que teriam colaborado com as irregularidades, também foram indiciados. O Ministério Público já protocolou denúncia contra os três, que devem ir a julgamento.
As investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO), responsável pelo caso, indicam que Luiz Antônio presenteou com um carro de luxo um dos chefes da milícia denominada de Liga da Justiça. Dias depois, em janeiro, o pai do jogador, Luiz Carlos Soares, prestou queixa na 42ª DP, com auxílio de Antunes, informando que o mesmo carro teria sido roubado.
Para a Polícia, o jogador tentou aplicar um golpe na seguradora do veículo. Nesta manhã de sexta, os agentes da Draco realizaram diligências de busca e apreensão na casa de Luiz Antônio e em endereços antigos do jogador.
O advogado do atleta, Michel Asseff Filho, disse à Agência Estado que precisa
estudar o caso e que, por isso, ainda não tem um posicionamento oficial. Ele também afirmou ter conversado com Luiz Antônio e que o volante demonstrou tranquilidade.
De acordo com a assessoria do Flamengo, o jogador deve se apresentar ao clube nesta sexta-feira para o treino de preparação para o clássico com o Vasco, no domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. O clube afirmou que vai auxiliar o atleta no que puder, mas que não tem relação com a vida pessoal de Luiz Antônio.