O senador Eunício Oliveira (PMDB), pré-candidato ao governo cearense,
negou ontem que esteja conversando com o ex-senador Tasso Jereissati
(PSDB) com o fim de montarem chapa para a eleição de outubro. Mas o
deputado federal tucano Raimundo Gomes de Matos, por sua vez, afirma que
“a tendência do PSDB hoje é coligar com o Eunício”.
Segundo
nota publicada ontem no site da revista Veja, Eunício estaria se
aproximando de Tasso para que um apoie o outro contra os candidatos ao
governo e ao Senado que venham a ser lançados pela coligação encabeçada
pelo governador Cid Gomes (Pros).
“A preferência é acertar
dentro da aliança nacional (com o PT e o Pros). Mas vamos ver se vai ser
possível. O PMDB se relaciona bem com todos os partidos”, disse Eunício
à revista.
Porém Eunício afirmou ontem à noite ao O POVO que a nota da Veja é fruto de “especulação”.
“Não
tenho conversado com o senador Tasso. A especulação talvez seja porque
encontrei o senador em um jantar, na casa de um ministro amigo, em São
Paulo. Mas não tenho tido nenhuma conversa em profundidade”, disse
Eunício ao chegar para a premiação, na Assembleia Legislativa, do
“Destaque Político Administrativo 2013”, na qual foi um dos
homenageados.
Contrariando o discurso de Eunício, o deputado
Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), também presente ao evento, disse ao O
POVO que, nas condições atuais, os tucano tendem a fazer chapa com
Eunício.
“Existe toda essa probabilidade. O que precisa é
definir a questão nacional para acertar a estadual”, afirmou Gomes de
Matos, referindo-se à candidatura presidencial do senador tucano Aécio
Neves (MG).
Eunício reforçou ontem que mantém a esperança de ser o candidato de Cid Gomes, do PT e demais legendas aliadas.
“Ganhei
a eleição sendo o senador de todos. Quero ser o candidato (a
governador) de todos os cearenses e se possível de todos os partidos”.
Na
semana passada, a movimentação de Eunício para concretizar sua
candidatura levou o deputado federal José Guimarães, maior liderança do
PT estadual e nome do partido para o Senado, a declarar que se não
houver acordo entre os três maiores partidos da coligação o PT ficará
com Cid.
Ontem, sem citar Guimarães, Eunício disse que no PT
“existem pessoas se posicionando nesse momento, mas não há nenhuma
divergência de maior profundidade”.
Fonte: O POVO