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segunda-feira, 6 de março de 2023

Pedrinho Matador foi assassinado a tiros e degolado, diz boletim de ocorrência


O assassino em série brasileiro, Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, foi assassinado a tiros e degolado, segundo informações do boletim de ocorrência (B.O). O caso aconteceu na manhã de domingo (5), na cidade de Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo. As informações são do Portal G1.

Segundo familiares em depoimento à polícia, a dupla passou pela rua no carro por volta de 8h30. Com pouco mais de uma hora, às 9h50, a dupla retornou passando próximo ao local em que Pedrinho estava sentado. Armados e usando máscaras, eles desceram do carro e efetuaram disparos contra Pedrinho. Em seguida, um dos homens perfurou a garganta de Matador com uma faca de cozinha - a vítima já estava no chão. Após o homicídio, a dupla fugiu para a Estrada da Cruz do Século - onde o carro foi encontrado.

Conforme o B.O., a população acionou a Policia após ouvirem disparos de arma de fogo, na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. Ainda segundo o documento, uma pessoa teria sido atingida e o atirador teria fugido. Em outra denúncia, a corporação foi notificada que o veículo preto dos suspeitos estaria na Estrada da Cruz do Século. O celular da vítima está em posse do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. A Polícia Civil investiga o caso e até o momento ninguém foi preso.

QUEM ERA PEDRINHO MATADOR

Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, nasceu em uma fazenda em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, conforme informou em entrevista à Revista Época, em 2003.

Ele veio de um núcleo familiar conturbado. A mãe era agredida pelo pai e em uma dessas agressões, ela já estava grávida de Pedro e o bebê sofreu uma lesão no crânio.

Nesse contexto complicado, ele nunca foi à escola e começou aos 14 anos a vida no crime. Foi aprender a ler já na prisão.

INÍCIO DA MATANÇA

Na mesma entrevista à Revista Época, ele relatou que a primeira vez que sentiu vontade de matar foi aos 13 anos. Aos 14 anos, cometeu o primeiro assassinato: matou o prefeito da cidade, após o pai ser demitido do cargo de vigia por suspeita de roubar merenda.

Depois, fugiu para Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Lá, começou a vida no tráfico, determinante para a série de assassinatos que ainda viria a cometer.

Ainda segundo a revista, Pedrinho matou três comparsas quando entrou no tráfico. Depois, com a companhia de amigos, matou sete e deixou 13 feridos em uma festa para se vingar da morte de uma namorada e tentar descobrir o autor do crime.

Aos 18 anos, a lista de crimes já era extensa e ele acabou sendo preso. Na prisão, matou 47 homens, incluindo o próprio pai, que estava preso no mesmo local. O pai de Pedro havia matado a mãe por ciúmes.

Em entrevista, ele disse utilizar uma faca na maioria das vezes, mas também matava quebrando o pescoço das vítimas.

O maior assassino em série do Brasil, Pedrinho Matador, fez da ficha criminal com 70 homicídios um negócio. Número, inclusive, que ele contesta por afirmar ter matado mesmo mais de 100 pessoas.

Em 2018, teve a liberdade concedida após 42 anos na prisão. Com 68 anos, passou mais tempo da vida no sistema prisional. Do lado de fora dos muros de concreto da Penitenciária de São Paulo, se tornou palestrante, lançou um livro e tem um documentário.

Fonte: Diário do Nordeste