O corpo do menino Samuel da Silva Fernandes, de 9 anos, foi sepultado na manhã deste sábado, no cemitério Memorial do Carmo, em Cordovil. Após ser levado à UPA pediátrica Walter Garcia e ao Hospital Infantil Ismélia da Silveira, ambos no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e ser liberado para realizar o tratamento em casa, a família de Samuel buscou mais uma vez atendimento nas unidades de saúde, pois o quadro havia piorado. No entanto, a criança já chegou ao atendimento em estado grave e não resistiu.
Samuel, que era uma criança com Síndrome de Down, deu entrada na emergência na madrugada da última quinta-feira, dia 9, com relato de febre constante há dois dias. Após passar por avaliação e realizar um exame de raios-X, ele foi diagnosticado com pneumonia. À noite, ainda no mesmo dia, a família levou o menino de volta ao hospital, onde foi constatada uma piora do estado de saúde. Samuel chegou a ser internado, mas teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Em vídeo publicado por familiares nas redes sociais, as primas do menino afirmam que o prontuário de atendimento, que permitiu a liberação após a primeira ida ao hospital, foi assinada por um profissional que não estava apto.
— Estamos aqui no hospital infantil de Caxias e acabou de morrer uma criança, de negligência médica. Porque foi a enfermeira que carimbou. Isso aqui é uma safadeza. Porque ninguém aqui está sentido a dor da mãe. Colocar uma criança especial com pneumonia para ir para casa. Cadê os médicos daqui? Não têm — comenta a mulher no vídeo, de 45 segundos, gravado dentro da unidade médica.
A Prefeitura de Duque de Caxias afirmou que está apurando os fatos relatados e verificando se houve negligência, imperícia ou imprudência por parque da equipe das unidades de saúde. A Secretaria também alega que está à disposição dos familiares e, caso sejam comprovadas irregularidades, os envolvidos serão responsabilizados.
Fonte: Extra