Um dos presos por matar Igor Lucas da Silva, 22 anos, encontrado morto na madrugada de sexta-feira (3), no Bairro José Walter, em Fortaleza, trabalhava com a vítima. O rapaz havia ido a um encontro para buscar uma motocicleta que ele havia negociado em um site de vendas.
Segundo uma parente de Igor Lucas, que terá a identidade preservada, Marcelo Lima de Sousa, 23 anos, trabalhava com a vítima a cerca de cinco meses e recentemente falou sobre a moto que estava à venda.
Ainda conforme a familiar, no dia do crime Marcelo foi buscar Igor para levá-lo ao local combinado com o vendedor. Foi a última vez que a família viu o jovem vivo.
A família de Igor Lucas divulgou o desaparecimento do jovem nas redes sociais depois que ele deixou de se comunicar na quinta-feira (2).
Prisão dos suspeitos
Além de Marcelo, a polícia prendeu Deliane Andrade de Almeida, 28 anos, e Francisco José Silva de Lima, 26 anos. Eles foram autuados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação para o crime.
Segundo o auto Auto de Prisão em Flagrante, Marcelo e Deliane simularam a venda de uma motocicleta para atrair a vítima, que havia feito um PIX de R$ 5 mil para comprar o veículo. No local combinado, Igor Lucas foi assassinado com um golpe na cabeça e facadas. Em seguida, Francisco José foi chamado para ocultar o cadáver.
Ainda conforme o documento, no momento que foram abordados e presos Marcelo e Deliane estavam no local do delito, com sinais de rastros de sangue. Além disso, testemunhas relataram à polícia que ouviram de Marcelo a forma como o crime foi premeditado e cometido.
O trio preso por suspeita do crime passou por uma audiência de custódia e teve prisão em flagrante convertida para preventiva.
"A gravidade em concreto da conduta atribuída aos flagranteados é bastante elevada, pois há indícios de que se associaram para praticar crime de homicídio duplamente qualificado (com recurso que tornou impossível a defesa da vítima -dissimulação), com pluralidade de agentes e de forma premeditada, após fazerem o ofendido transferir a quantia de cinco mil reais, o que revela uma maior ousadia, ainda mais que tentaram ocultar o cadáver", diz um trecho do documento.
Fonte: g1