As chuvas entre fevereiro e maio garantiram a segurança hídrica nos reservatórios no Ceará por até dois anos, segundo a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). De acordo com a Cogerh, em 2022, as chuvas durante o período foram responsáveis por uma melhora significativa no volume acumulado dos reservatórios cearenses, que saltou de 21% para 38%.
O secretário da Cogerh, Francisco Teixeira, destaca que este aumento do armazenamento permitiu ao estado ações importantes para beneficiar os cidadãos e o setor produtivo.
"As chuvas se comportaram dentro da média e continuam no mês de junho. Colocando água nos nossos açudes no interior e aumentando a sangria dos reservatórios da Região Metropolitana de Fortaleza. Entre os anos de 2012 e 2017 nós estivemos com 6% e 7% das nossas reservas hídricas. Hoje nós estamos como um todo com mais de 38%. São reservas importantes que nos dá um conforto por mais de dois anos na maior parte do estado".
Francisco Teixeira afirmou ainda que a situação hídrica é mais confortável hoje se comparada a anos anteriores. Desde 2013 o volume total dos açudes cearenses não atingia tal marca, registrando baixos aportes sucessivos nos anos subsequentes.
Segundo levantamento realizado pelo setor de monitoramento da Cogerh, só em maio deste ano foram contabilizados 0,71 bilhões de metros cúbicos, valor superior a maio de 2021, quando os números foram de 0,54 bilhões.
A boa recarga trouxe conforto, por exemplo, para o microssistema que abastece Fortaleza e região metropolitana. Registrando 100% da capacidade total de armazenamento, os açudes Pacoti, Pacajus, Riachão, Gavião e Aracoiaba dão, hoje, autonomia de água para a região metropolitana de Fortaleza, sem necessidade de transferência das águas do açude Castanhão.
Além das Bacias Metropolitanas, as bacias do Litoral, Acaraú, Coreaú — todas no noroeste do estado — também tiveram alta expressiva. A bacia do Salgado, na porção sul do Ceará, tem atualmente 59% de volume máximo.
Fonte: G1