Os temporais que atingem o Rio de Janeiro provocaram deslizamentos de terra que deixaram pelo menos 15 mortos no Estado, incluindo crianças e adolescentes, segundo informaram as autoridades neste sábado, 2. Entre as áreas mais atingidas, estão Angra dos Reis e Paraty, onde uma mãe e seis filhos morreram soterrados. Ainda há pelo menos outros quatro desaparecidos na região. Neste ano, as chuvas em Petrópolis, na região serrana do Estado, já haviam causado mais de 240 óbitos entre fevereiro e março.
A família de Paraty foi soterrada no bairro de Ponta Negra – os filhos tinham entre dois e 17 anos. As vítimas foram a mãe Lucimar e seis filhos: João, de dois anos, Estevão, de cinco anos, Yasmim, de oito anos, Jasmin, de 10 anos, e Luciano, de 15 anos e Lucimara, de 17 anos. Um sétimo filho foi resgatado com vida e levado ao Hospital Municipal, sendo transferido para o hospital de Praia Brava. Segundo a prefeitura de Paraty, 219 famílias foram atingidas por alagamento ou perdas materiais, em 22 bairros. Há 15 famílias abrigadas em escolas municipais.
Em Angra dos Reis, foram confirmadas outras sete mortes. Os desabamentos atingiram ao menos quatro casas no bairro Monsuaba. Entre as vítimas encontradas pelo Corpo de Bombeiros, estão uma menina de aparentemente 4 anos e um menino de onze. Outras pessoas permanecem desaparecidas. Conforme a prefeitura, choveu nas últimas 48 horas o equivalente a 655 milímetros, um recorde. O Corpo de Bombeiros do Estado informou ainda ter sido acionado também em socorro a vítimas de um deslizamento na Praia Vermelha, na Ilha Grande, onde haveria três pessoas soterradas.
Temporais fizeram mais de 240 vítimas em Petrópolis
Deslizamentos neste ano deixaram vítimas principalmente em Petrópolis, na região serrana do Rio. As chuvas intensas de 15 de fevereiro causaram ao menos 240 mortes no município, enquanto novas chuvas entre 19 e 20 de março vitimaram pelo menos outras sete pessoas.
Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) identificou 3.758 óbitos causadas por deslizamentos no País de 1988 até 8 de fevereiro de 2022. Desastres do tipo estão ligados à ocupação das cidades, à destruição ambiental e às mudanças climáticas em curso.
Fonte: Estadão Conteúdo