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sábado, 8 de janeiro de 2022

Idosa dada como morta acorda após família comprar caixão


Uma idosa acordou após ser dada como morta em uma unidade de saúde de Cidreira (RS), no último dia de 2021. Clotilde Rieck, de 78 anos, teve o óbito confirmado após sofrer duas paradas cardíacas. O funcionário da funerária responsável pelo velório, ao retirar o corpo do necrotério, percebeu que ela estava viva.

Segundo reportagem do portal G1, a paciente passou mal e chegou a vomitar na manhã de 30 de dezembro. Uma ambulância foi acionada e a idosa foi encaminhada para o posto de saúde Eva Dias de Melo. Exames indicaram quadro de infecção urinária.

Durante a manhã do dia 31, ela sofreu duas paradas cardíacas. Após a segunda, a médica, a enfermeira e a equipe de enfermagem constataram a ausência se sinais vitais e confirmaram o óbito. A família de Clotilde foi chamada e passou a organizar o velório e o funeral, com apoio da equipe da unidade de saúde e da assistência social do município.

Quando a equipe da funerária chegou ao posto de saúde para levar Clotilde, o funcionário da empresa encontrou a idosa viva. "Quando ele descobriu o corpo para fazer a remoção dela, ela estava viva, com o braço erguido, o olho aberto e pedindo ajuda", contou ao portal G1 a sobrinha-neta, Bianca Schneider.

A paciente estava com o coração batendo e ofegante, e só não foi enterrada viva por um problema com o tamanho do caixão escolhido. No mesmo dia, Clotilde foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, onde se encontra internada desde então. De acordo com Bianca, a tia-avó está em um quarto, respirando normalmente e "evoluindo muito bem".

"Realmente, é uma coisa inédita aqui para o nosso município. Nunca passamos por uma situação como essa. Nós estamos tomando providências, vamos abrir um processo administrativo e solicitamos o afastamento imediato da médica", afirmou ao G1 a coordenadora do posto de saúde, Irene Mendes.

Em nota publicada nas redes sociais, a Prefeitura de Cidreira afirma que "está apurando o ocorrido, bem como a responsabilidade da médica que atestou o óbito da paciente".

Fonte: Yahoo Notícias