No intervalo de 48 horas, dois homens morreram vítimas de ataques de piranhas no Rio Paraguai, no país vizinho ao Brasil. O último óbito foi registrado na terça-feira (4), em Porto Rosário, cidade paraguaia a 379 km de Ponta Porã (MS).
A última vítima fatal foi um homem, de 49 anos, que se afogou após ter o corpo atacado pelo cardume - parte do rosto da vítima ficou desfigurado. Até o momento, nenhum ataque do lado brasileiro do Rio Paraguai foi registrado.
“As piranhas representam um risco quando estão em cardumes, porque elas podem atacar [alguém] simplesmente achando que é comida, e as dentadas delas laceram forte. Um ataque massivo pode consumir mesmo parte de pessoas”, aponta o biólogo José Milton Longo.
Longo ainda ressalta que o declínio da população dos predadores naturais das piranhas - como ariranhas, lontras e jacarés - devido aos longos períodos de estiagens pode contribuir para o aumento populacional dessa espécie.
Equipes da polícia, da Prefeitura Naval (equivalente à Marinha no Brasil) e do Ministério Público foram ao rio, na região dos ataques, para analisar as causas do ocorrido. Depois de perícia, a morte do homem de 49 anos foi atribuída a asfixia por submersão. A vítima apresentava parte do rosto e dos pés comidos por um cardume de piranhas, conforme aponta o relatório policial.
Este não foi o primeiro caso de morte registrado em decorrência de ataques de cardumes de piranhas. Segundo o relato da polícia paraguaia, no domingo (2), um jovem foi atacado enquanto nadava no mesmo rio. A vítima chegou a ser socorrida para um hospital local, mas não resistiu.
Em outro caso, um homem chegou a ter um dedo mutilado durante o ataque, segundo a imprensa paraguaia. Um vídeo, feito por pescadores paraguaios, mostra as piranhas ferozes atacando um pedaço de carne lançado ao rio.
Fonte: G1