Alberto Jorge Souza, de 54 anos, costuma surpreender os visitantes do cemitério Campo Jorge, na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Isso porque o rapaz, ainda vivo, visita seu próprio túmulo praticamente todos os dias pelos últimos sete anos.
A história foi contada pelo G1. Alberto, conhecido como Beto Fera, mandou construir o próprio túmulo ainda em 2014, com direito a uma foto dele ilustrando o local. Segundo o rapaz, tratava-se de um “sonho de infância”.
"Sempre foi um sonho que eu tive, de infância, para quando eu morrer ter meu canto certo, para não ficar procurando botar na cova de uma família, de outra família, que as vezes não gosta. Eu tendo meu canto sei que ali é minha casa. Nós somos mortais. Viemos ao mundo, mas é uma passagem muito curta", declarou.
Beto relatou que ganhou o espaço de uma madrinha, depois que seu padrinho teve os restos mortais transferidos para outro cemitério. O pintor automotivo quer deixar tudo pronto para quando a morte chegar e só não comprou um caixão porque gostaria de deixar exposto na sala de casa, mas lhe falta espaço.
Amiga perdeu o fôlego
A decisão de manter um espaço em sua homenagem no cemitério, porém, fez com que o rapaz já fosse “confundido” com fantasma. Uma amiga de infância, por exemplo, chegou a perder o fôlego ao encontrar Beto, logo após ter visto seu túmulo.
"Ela disse até que acendeu vela. Quando me encontrou, teve um susto tão grande que ficou querendo falar comigo e faltando voz", lembrou.
Fonte: Yahoo Notícias