O "B-R-O Bró", como é conhecido popularmente no Ceará o período de setembro a dezembro, é marcado por ser, historicamente, o mais quente do ano no Estado. Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), nesta época, as baixas umidades e as altas temperaturas tornam-se ainda mais intensas, o que contribuem para o fenômeno.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Funceme indicam que entre agosto e setembro as normais climatológicas das temperaturas máximas médias variam em cerca de 1ºC.
Entre os municípios monitorados pelos órgãos, Sobral e Crateús, no interior do Estado, apresentam as maiores médias de temperaturas máximas neste mês sendo, respectivamente, 36,4 e 35,5°C. Os dados são referentes a valores mensais e históricos, diferente dos dados diários e pontuais, que podem ser acima ou abaixo.
Já em outubro, segundo a Funceme, as temperaturas máximas médias costumam aumentar ligeiramente em relação a este mês. Em Fortaleza, por exemplo, a normal climatológica em setembro é de 31°C e no próximo mês, é de 31,2°C.
Além das temperaturas mais elevadas, a baixa umidade do ar, que é inversamente proporcional, pode apresentar valores mais expressivos durante o Br-O-Bró.
“O segundo semestre do ano é mais propício à baixa umidade do ar devido à escassez de chuvas. Assim, passamos a ter predomínio de céu claro ou com poucas nuvens. Nos horários mais quentes do dia, observa-se a queda na umidade, que é mais sentida no interior. Em cidades como Tauá, a umidade média mensal de 76% em abril cai para 42% em setembro. Em Fortaleza, a proximidade do mar faz com que os valores não sejam tão baixos, sendo que a média é de 71%”, explica a gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.
Cuidados
As condições de tempo seco precisam ser observadas, pois podem causar impacto na saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções:
Estado de observação: 40% a 31%;
Estado de atenção: de 30% a 21%;
Estado de alerta: de 20% a 12%.
O órgão recomenda ainda evitar a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica ainda o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural ou água de coco.
Fonte: G1