Jair Bolsonaro (sem partido) parece disposto a mudar a estratégia utilizada em 2018 para tentar se reeleger presidente da República em 2022. Em entrevista à Rádio Jovem Pan na última segunda-feira, ele disse que “será um prazer” participar de debate com seu provável principal rival na disputa pelo posto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Debate com ele (Lula)? Se, porventura, vier a ser (candidato), será um prazer debater com ele”, declarou.
A postura é bem diferente da adotada às vésperas do pleito presidencial de 2018. Naquela ocasião, Bolsonaro participou apenas dos dois primeiros debates televisivos, na Bandeirantes e na RedeTV. Depois, com liderança confortável nas pesquisas, recusou todos os convites de emissoras.
Na reta final daquele primeiro turno, o então candidato sofreu um atentado no qual foi esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora-MG. Por recomendação médica, segundo o próprio, decidiu não participar de nenhum debate no segundo turno.
Ao contrário do pleito de 2018, Bolsonaro se vê em situação desconfortável nas pesquisas de intenção de voto para 2022. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Ipec, na semana passada, o presidente aparece com 22%, em segundo lugar, mas bem distante de Lula, que tem 45%.
Desconfiança das pesquisas
Bolsonaro mais uma vez mostrou desconfiança das pesquisas e garantiu que seu provável rival não possui todo esse apoio.
"Lula tem voto. Não é quem não tem voto. Mas não é isso que estão botando aí. Ele não consegue tomar uma tubaína na esquina, em qualquer lugar, que vai ser escrachado. Ele não consegue andar por lugar nenhum do Brasil", afirmou.
Apesar da descrença em Lula, o próprio Bolsonaro considerou que o cenário mais provável para a eleição do ano que vem é um segundo turno entre os dois. "Se eu vier a candidato, hoje em dia, seria eu e ele. Não sei amanhã.”
Fonte: Yahoo Notícias