O governador Camilo Santana (PT) realizou encontro nesta sexta-feira, 6, com uns dos seus principais aliados políticos no Ceará, o senador Cid Gomes e o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes. Segundo o petista, a reunião, realizada no Palácio da Aboliação, teve como debate a “conjuntura nacional e a defesa da democracia”.
“Recebi esta tarde, no Palácio da Abolição, os ex-governadores, meus amigos, Ciro Gomes e Cid Gomes, hoje senador da República. Conversamos sobre conjuntura nacional, defesa da democracia, e sobre ideias e ações para melhorar a vida do nosso povo”, disse o gestor. O governador agradeceu a visita e destacou que os pedetistas “fazem parte de um projeto que, ao lado de outros parceiros, tem ajudado o Ceará.
Apesar de integrar o Partido dos Trabalhadores, foi com o apoios dos irmãos Ferreira Gomes que Camilo foi reconduzido ao governo para segundo mandato em 2018, com quase 80% dos votos válidos. Com a aproximação do ano eleitoral e as disputas para sucessão da Abolição e presidência da República, o clima deve acirrar no estado. Isto porque deverá tentar se manter em meio a tensão entre o ex-presidente Lula e Ciro, presidenciáveis que tentam conquistar e manter suas bases no Ceará.
Nas eleições de 2018 essa relação causou uma crise interna no PT. Santana recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad, mas também apoiou Ciro de forma velada. Para pressionar Camilo a “fechar” com Lula em 2022, o PT quer que o governador dispute uma vaga do Senado.
Em agosto, Lula visitará Fortaleza para costurar um arranjo regional que lhe permita ter um palanque forte no Estado. Já Ciro, que já detém certo domínio político pelo seu grupo político entre os cearenses tenta se colocar como candidato de terceira via para além o ex-presidente do PT e Jair Bolsonaro.
Em maio, durante entrevista à Rádio O POVO CBN, o governador defendeu união de forças entre Lula e Ciro para a consolidação de um “projeto Nacional” capaz de vencer nas urnas em 2022. O projeto, no entanto, tem se distanciado da realidade após sucessivas ofensivas trocadas entre os pré-candidatos à Presidência nos últimos meses.
Fonte: O Povo