A pesquisa TIC Domicílios 2020, divulgada nesta quarta-feira (18), pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) aponta que 83% dos lares do Brasil têm acesso à internet, um crescimento de 12 pontos percentuais em comparação com o ano de 2019.
Na região sudeste, 86% dos domicílios têm conexão de internet. Em seguida aparece a região Sul (84%), Centro-Oeste (81%) e Norte (81%). O Nordeste fica na última posição, com 79%, mas é a região que teve o maior aumento, com 14 pontos percentuais em comparação com o ano anterior à pesquisa.
A pesquisa revela também que 81% da população do país têm acesso à internet, o equivalente a 152 milhões de brasileiros e um aumento de 6 pontos percentuais. Esse número pode variar conforme o perfil do usuário. As mulheres (85%) usam mais a rede do que os homens (77%). Na divisão por idade, os mais jovens (faixa de 10 até 24 anos), são os mais conectados (95%). Já na população com 60 anos ou mais, esse número cai para 50%.
O maior crescimento de usuários no Brasil foi registrado no meio rural. Enquanto em 2019 pouco mais da metade (53%) tinha conexão, esse número chega a 70% um ano depois, um crescimento de 17 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 100% da classe A e 99% da classe B do país têm acesso à internet. A classe C teve um aumento de 10 pontos percentuais e hoje 9 em cada 10 casas tem conexão. O maior aumento foi na classe D/E, que cresceu 14 pontos percentuais e foi de 50% para 64%.
Banda larga e computador
A banda larga fixa teve um crescimento expressivo no país. Esse tipo de acesso de alta velocidade foi de 61% em 2019 para 69% em 2020, ou seja, quase 7 em cada 10 casas de famílias brasileiras usam esse tipo de conexão, número também puxado pela classe D/E. A banda larga móvel, representada pelas conexões de chip ou modem 3G/4G, deve uma queda de 5 pontos percentuais, de 27% para 22%.
Apesar da internet ter aumentado o alcance pelo país de maneira geral, isso não refletiu em um maior número de brasileiros que têm computador em casa. O celular é a principal forma de conexão para a maioria dos entrevistados. Somente 45% dos domicílios do país têm um computador e esse número é muito menor se for considerado propriedades rurais, que é de apenas 17%. Entre as pessoas que fazem parte da classe D/E, só 13% das casas contam com esse tipo de equipamento.
Uso da internet
Os dados mostram que há um novo comportamento no país. Além do celular e do computador, as smart TVs agora são uma nova opção de conexão. Esse tipo de uso teve um crescimento de 7 pontos percentuais, de 37% para 44%. Esse número foi puxado principalmente pelos usuários das classes A e B e entre as pessoas de 16 a 24 anos.
As três principais atividades dos brasileiros quando estão na internet são: conversar por aplicativos de troca de mensagens, fazer vídeo chamada ou chamada de voz e postar nas redes sociais.
Coleta de dados
Por conta da pandemia de covid-19, a pesquisa foi realizada por entrevista telefônica, método utilizado por institutos nacionais e internacionais para levantar dados. Os dados foram coletados de outubro de 2020 até maio de 2021. No total, foram 5.590 domicílios respondentes, sendo 4.129 indivíduos com idade a partir de 10 anos.
Fonte: R7