A jovem Amanda Carvalho de Lima, de 21 anos, que se recuperou da Covid-19 em junho do ano passado, morreu no último dia 3 após ser infectada pela segunda vez por coronavírus.
De acordo com a Diretoria de Saúde de Taquarivaí (SP), o resultado do teste RT-PCR de Amanda, que tinha Síndrome de Down, apontou que se trata de um caso de reinfecção pelo coronavírus.
No ano passado, a jovem contraiu a doença e chegou a ficar 47 dias internada. Na época, ao deixar o hospital, a equipe médica homenageou a paciente com músicas e aplausos.
Quase um ano depois, Amanda voltou a apresentar sintomas da Covid-19 e foi levada de ambulância ao Pronto Atendimento de Taquarivaí no fim de maio.
Em seguida, ainda conforme a Diretoria de Saúde do município, ela foi internada com suspeita de Covid na Santa Casa de Itapeva, onde ficou por cerca de uma semana.
No último dia 3, Amanda não resistiu às complicações da doença e morreu. Antes disso, a diretora de Saúde explicou que tanto a prefeitura quanto o hospital haviam feito testes de Covid na jovem, mas o resultado ainda não tinha ficado pronto quando ela morreu.
Com a confirmação do diagnóstico por coronavírus, o óbito de Amanda entrou no boletim epidemiológico da cidade, que atualmente soma 14 mortes pela doença.
Segundo a diretora de Saúde, Daniela Barros, a jovem tinha tomado a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca no dia 12 de maio, por fazer parte do grupo prioritário. Além da Síndrome de Down, Amanda tinha problemas de saúde e uma traqueostomia.
"Ela fazia acompanhamento com fisioterapeuta e médicos na casa dela. Para o pessoal que a conhecia, que sempre trabalhou aqui, foi uma perda muito grande, sentiram muito a perda dela. Mas a única coisa que fica é que pelo menos ela teve toda a assistência", conta Daniela.
'Era o centro da família'
Amanda morava no Bairro das Formigas, na zona rural de Taquarivaí, onde vários moradores têm sido diagnosticados com Covid-19, de acordo com a prefeitura. Assim como a jovem, outros membros da família dela também contraíram a doença, mas não precisaram ser hospitalizados.
Segundo a prefeitura, a Vigilância Sanitária e Epidemiológica intensificou a fiscalização no local para evitar aglomerações e a disseminação do coronavírus.
Para a cunhada de Amanda, Maria Angélica Santos Oliveira Lima, a morte da jovem causou um grande impacto em toda a família. Ela deixou pai, mãe e 14 irmãos.
"Ela era o centro da família. O pai e a mãe viviam para ela, sempre foi assim. Não tinha quem ela não conquistasse, era sempre muito carinhosa", lembra Maria Angélica, que é casada com um dos irmãos de Amanda.
"Sempre cuidamos da Amanda aqui na Terra. Agora, os papéis se inverterão e ela foi lá no céu pra cuidar da gente aqui. Ela foi e sempre será nosso amor, nosso anjo que brilha lá no céu."
Fonte: G1