Os Estados Unidos vão comprar 500 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech, para doar a outros países. A informação foi confirmada pela farmacêutica nesta madrugada e deve ser anunciada pelo presidente norte-americano Joe Biden ainda nesta quinta-feira (10).
"É o maior pedido e doação de vacinas feito por apenas um país, e um compromisso do povo americano para ajudar a proteger a população de todo o mundo contra a Covid-19", afirmou a Casa Branca à imprensa.
Segundo a Pfizer, esses imunizantes serão vendidos a preço de custo, sendo 200 milhões de doses entregues a partir de agosto de 2021 e 300 milhões no primeiro semestre de 2022.
Os EUA devem distribuí-los ao mundo por meio do consórcio Covax Facility, mecanismo criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir a desigualdade no acesso a vacinas contra o novo coronavírus.
"Nossa parceria com o governo dos EUA ajudará a levar centenas de milhões de doses de nossa vacina aos países mais pobres do mundo o mais rápido possível", diz o CEO da Pfizer, Albert Bourla, em nota. "A Covid-19 impactou a todos, em todos os lugares, e para vencer a batalha contra esta pandemia, devemos garantir o acesso rápido às vacinas para todos", acrescentou.
Biden deve fazer o anúncio oficial das doações no Reino Unido, na primeira viagem ao exterior como presidente. O líder democrata, que trabalha para demonstrar que "os Estados Unidos estão de volta" no cenário internacional, participará no fim de semana da reunião de cúpula do G7 na Cornualha, onde o gerenciamento da pandemia estará entre os temas prioritários de discussão.
O país norte-americano recebeu críticas nos últimos meses por demorar a compartilhar as vacinas excedentes da campanha de imunização com o resto do mundo. Mas com quase 64% dos adultos americanos imunizados com ao menos uma dose, a Casa Branca agora pretende tomar a iniciativa sobre o caso.
"O presidente Biden foi claro, as fronteiras não podem conter esta pandemia. Ele prometeu que nossa nação será o grande arsenal de vacinas", afirmou o governo.
Fonte: Diário do Nordeste