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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Redução de mortes e internações por Covid chega a quase 100% em idosos vacinados, mostra estudo cearense


A aplicação das vacinas contra a Covid-19 podem aumentar a proteção contra mortes e internações em quase 100% nos idosos vacinados. É o que alega um estudo preliminar da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará (UFC).

"A gente tem resultados bem animadores, tanto para uma dose somente, da vacina, quanto para as duas doses. Então, a gente tem que a vacinação de uma dose conseguia reduzir óbitos em 99%, e a internação em 98%, mostrando uma eficácia importante da vacinação nesse grupo de idosos. Já com uma dose mostrando efeito", diz a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Magda Almeida.

O levantamento foi realizado entre janeiro e abril deste ano nos idosos acima de 75 anos de idade que receberam a vacina no primeiro grupo. Até agora, o estudo mostra que tanto a vacina CoronaVac, quanto a AstraZeneca, proporcionaram um índice de segurança próximo a 90% para aqueles entre 75 e 79 anos, de cerca de 95% naqueles entre 80 a 89 anos e de quase 100% para idosos acima de 90 anos.

Para aqueles idosos que tomaram as duas doses da CoronaVac, a proteção contra os efeitos do coronavírus aumentou em 52 vezes. Entretanto, os que haviam tomado somente a primeira dose já apresentavam uma proteção 27 maior contra a internação.

Magda Almeida alerta, contudo, para o risco de contaminação mesmo em quem já foi vacinado, o que exige que os cuidados de isolamento social ainda devem ser praticados.

"Esse estudo não quer dizer que as pessoas não possam se contaminar. Estamos chegando no Dia das Mães, onde teremos visitas familiares, mas é muito importante lembrar que as contaminações ainda podem acontecer. Dessa forma, todos os cuidados devem ser mantidos, como o uso de máscara e a higienização das mãos, além do distanciamento. Quem tiver sintoma gripal deve evitar fazer visitas", coloca.

Mais vacinas

Uma nova remessa da vacina AstraZeneca desembarcou no Ceará no fim da tarde desta quinta-feira (6). Foram 162.100 doses do imunizante, que chegaram no Aeroporto de Fortaleza.

Mais cedo, o governador Camilo Santana adiantou que há previsão para a chegada de 45.630 mil doses da Pfizer, ainda sem data confirmada.

Camilo afirma que até o fim de semana há previsão do Estado receber mais vacinas CoronaVac, que serão utilizadas para as segundas doses que ainda não foram aplicadas. "Continuamos lutando por mais vacinas para todos os cearenses", escreveu Camilo.

A última remessas que chegou ao aeroporto da Capital foi na última segunda-feira (3), com o primeiro lote de vacinas da Pfizer/BioNTech, contendo 17.555 mil doses, além de 255.750 mil doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

Por conta da logística específica com baixas temperaturas, o imunizante da Pfizer está sendo aplicado somente em Fortaleza, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde (MS). A vacina é utilizada em pessoas do grupo da 3ª fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, que começara a ser vacinadas nesta quarta-feira (5).

3ª fase de vacinação

Depois de quatro meses do início da campanha de vacinação, o Ceará avança para a aplicação das doses em pessoas que fazem parte da fase três do grupo prioritário. Nesta quarta-feira começaram a ser vacinados pessoas com comorbidades e deficiência permanente grave. Grávidas e puérperas também vão ser contempladas com a vacinação nesta etapa.

Essa terceira fase de vacinação já pode começar em 14 cidades do interior do Ceará, de acordo com a secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Magda Almeida, que concedeu entrevista ao Bom Dia Ceará nesta quarta. A Prefeitura de Fortaleza anunciou o início de seu avanço de fase para hoje.

"Atualmente nós temos 14 municípios que já vacinaram mais de 90% dos seus idosos e eles podem progredir com essa terceira fase. Essa terceira fase ela é um pouco mais delicada já que são muitos grupos que começarão simultaneamente. Então nós temos os grupos de comorbidades, temos as pessoas com síndrome de down e gestantes e puérperas que vão começar de forma simultânea", disse.

Fonte: G1