O município de Viçosa do Ceará, na Região da Ibiapaba, sofreu na manhã desta sexta-feira (26) com a possível falta de oxigênio para pacientes em tratamento para a Covid-19. Por conta do problema, a prefeitura precisou receber o insumo de outras cidades para manter o atendimento de pacientes.
Segundo o secretário da Saúde do município, Adriano Rocha, o fornecedor informou que só poderia entregar o oxigênio no período da tarde, pois os caminhões com o produto estavam em Fortaleza. "Nós estávamos esperando nosso fornecedor entregar o nosso oxigênio pela manhã e ele falou que só poderia entregar na parte da tarde porque os caminhões estão abastecimento em Fortaleza", explicou.
Temendo que a falta afetasse os pacientes que estavam nas enfermarias, Adriano Rocha, disse que mandou que ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fossem até o Hospital Municipal para ficarem de prontidão caso fosse necessário transferir algum paciente para outra cidade.
"Então eu chamei o Samu para dar esse suporte. O Samu de pronto atendeu e em menos de 20 minutos eu tinha essas ambulâncias estavam lá para dar esse suporte caso fosse necessário transferir nossos pacientes."
Para conseguir o oxigênio, o secretário afirmou que teve que interceptar o caminhão em outra localidade e trazer o oxigênio para Viçosa do Ceará.
"Mas chegou o abastecimento e eu enviei duas caminhonetes para interceptar o caminhão que estava vindo no meio do caminho pois estava distribuindo em outras cidades para pegar nosso oxigênio", disse.
Medidas de isolamento mais rígidas
A prefeitura de Viçosa do Ceará decretou medidas restritivas mais rígidas a partir desta sexta-feira (26). A iniciativa da atual gestão tenta diminuir a propagação da doença.
"A partir de hoje a cidade de Viçosa do Ceará está em lockdown total. Então fique em casa. Não estamos brincando. Estamos saturados e cansados de tanto trabalhar e povo fingindo que não está acontecendo nada."
Viçosa do Ceará tem atualmente 2.271 casos confirmados da doença com 80 óbitos confirmados. Além disso, 300 pessoas estão em isolamento domiciliar e 14 pacientes internados em estado grave.
Fonte: G1
