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quinta-feira, 4 de março de 2021

Em fevereiro, a cada 55 minutos uma pessoa morreu de Covid no Ceará


A mãe de alguém, o pai, os avós, um parente, um conhecido. Vítimas levadas pela Covid. No atual momento, no qual os índices de contaminação crescem de forma veloz no Ceará, o de mortes, embora não seja tão elevado quanto no pico da primeira onda, também aumenta mês a mês. Em fevereiro, nos 28 dias, em média, a cada 55 minutos, uma pessoa morreu de Covid no Estado.

Ao todo, foram 731 mortes no mês passado, conforme dados do Integrasus, plataforma da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). No Ceará, só em 2021, 1.272 pessoas morreram em decorrência da doença.

No momento, o número de casos é bastante expressivo, com ênfase em janeiro e fevereiro, mas diferentemente da primeira onda, o de mortes, se comparado ao cenário do pico do ano passado, não tem sido tão agudo. No entanto, a gravidade da pandemia é tão evidente, que: a cada 24h, no mês passado, 26 vidas foram perdidas para a doença. Nos três primeiros dias de março, 43 óbitos já foram contabilizados.

Em 2020, o mês de maio registrou 70.384 casos da doença. Em fevereiro de 2021, as informações oficiais indicam 47.811 novas contaminações no Estado. Em maio de 2020, a cada uma hora, em média, 5 pessoas morreram de Covid. Um cenário desolador, com lutos que seguem se multiplicando em diversos lugares do Estado.

Atualmente, apesar de a pandemia apresentar uma dinâmica diferenciada no que diz respeito ao número de mortes, a quantidade de óbitos é crescente. Em novembro foram 276 mortos por Covid; em dezembro, 399; em janeiro, 498; em fevereiro, 731. Na análise mês a mês, fevereiro foi o que mais registrou mortes desde julho de 2020.

Diante do atual cenário, com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) lotadas, aumento contínuo e veloz de contaminações e crescimento de óbitos por Covid-19, o Estado vivência a etapa mais severa na dinâmica da pandemia e, conforme o Plano de Contingência de Combate à Pandemia da Sesa, requer medidas mais rigorosas diante da “emergência em saúde pública”.

Informação Diário do Nordeste