Com o agravamento da pandemia em todo o País, o Governo Federal propôs o pagamento de mais quatro parcelas de um novo auxílio emergencial, no valor de R$250 mensais. O anúncio foi feito pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em live na última quinta-feira (25), mas o projeto ainda não foi definido.
O valor de R$ 250, entretanto, não seria suficiente para comprar uma cesta básica, já que, em Fortaleza, o custo do conjunto de produtos essenciais está em torno de R$ 532,97, conforme aponta o superintendente regional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Reginaldo Aguiar. Com a forte inflação dos alimentos, o valor proposto para o benefício garantiria praticamente metade de uma cesta.
“Esse valor que nós estamos estimando da cesta é apenas para uma pessoa. Se você imaginar uma família com dois adultos e uma criança, a despesa gira em torno de R$ 1.598,91, ou seja, um custo muito superior ao valor proposto pelo Governo”, explica Aguiar.
Aumento das despesas
Para o superintendente, o valor é bem aquém da necessidade das pessoas, tendo em vista que as despesas aumentaram por conta da pandemia. “Em Fortaleza, houve um crescimento de 19% com alimentação em 2020, além das necessidades de materiais de limpeza, como álcool em gel, sabão e máscaras, como medida de prevenção à Covid-19".
“Esse dinheiro é muito bem-vindo, mas ao problema que ele se destina, que é fazer com que as pessoas possam se proteger e ter o mínimo de alimentação e limpeza em suas casas, ele se mostra bem insuficiente”, finaliza.
Informação Diário do Nordeste