O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7) que todas as doses disponíveis da CoronaVac produzidas pelo Instituto Butantan serão incorporadas ao PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a Covid-19.
Pazuello também afirmou que o Brasil assinou a compra de 100 milhões de doses da CoronaVac — 46 milhões até abril e outras 54 milhões de doses até o fim do ano. De acordo com Pazuello, o valor da dose é de pouco mais de US$ 10.
O ministro destacou ainda que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está negociando a compra de doses da Sputnik V, desenvolvida pela Rússia.
A inclusão da vacina desenvolvida pelo governo paulista dentro das vacinas previstas no PNI já havia sido adiantada na quarta, quando Pazuello afirmou que o Brasil está preparado e tem seringas suficientes para iniciar a vacinação contra a Covid-19 ainda em janeiro.
Nesta quinta, foi anunciado que a eficácia da CoronaVac contra o novo coronavírus é de 78% nos testes conduzidos no Brasil. Os estudos clínicos da vacina encabeçada pelo governo paulista foram apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em reunião com membros do Butantan.
Após o encontro, o Butantan oficializou o pedido para registro emergencial do imunizante. O instituto espera que o rito para pedido de uso seja concretizado entre hoje e amanhã, em novas reuniões já agendadas com o órgão.
A CoronaVac é a aposta do governador no combate à Covid-19 e trunfo político contra seu rival Jair Bolsonaro. A vacina do Instituto Butantan ganhou projeção ao entrar no centro de uma guerra política entre o presidente e o governador, prováveis adversários nas eleições presidenciais de 2022.
No fim de 2020, Bolsonaro esvaziou o plano de aquisição futura da Coronavac feito em outubro por Pazuello, criticou o governador João Doria e disse que a vacina não era confiável por causa de sua origem.
Informações Yahoo Notícias