Se vivo fosse, Francisco Alves Sobrinho, o Chico Sobrinho, estaria completando neste dia 24 de novembro, 95 anos de vida. Nasceu no sitio Arara, Acopiara, em 1925. filho de Antônio Rufino de Almeida e Maria Alves de Melo.
Chico Sobrinho chegou à cidade e foi ser camboeiro, transportando algodão em lombo de burro. Depois foi merceeiro, dono de armazém e padaria. Adquiriu o que restou de uma usina de beneficiamento de algodão, a primeira de Acopiara, fundada por Chico Guilherme, fechada há 20 anos, que ficava no Prado e passou a produzir óleo de algodão comestível “Acopiara”, tempo em que o Ceará começou a produzir óleo enlatado, como o Pajeú, da Siqueira Gurgel, em Fortaleza.
Foi prefeito em duas ocasiões e Deputado Estadual. Reconstruiu o Mercado Central, construiu o Mercado de Frutas, instalou o Posto Telefônico da Teleceará, telefones monocanais (com manivela) em distritos, construiu açudes, escolas, cemitérios, pavimentação de ruas, assistência social e estendeu os postes da energia elétrica.
Teve 11 filhos com Dona Fransquinha, ainda viva. Antônio Almeida, Ricardo Almeida, Emídio Almeida (In memorian), Maria de Fátima, Fábio, Lúcia, José Flávio, Francisco Junior, Maria Deiva, Iolanda e Gerlane.
Faleceu em 2001 aos 76 anos.
Chico Sobrinho era conhecido como “Pai dos Pobres”. No alpendre de sua casa na rua Pedro Alves, antiga Farias Brito, atendia à todos que o procuravam. Também foi chamado de “Cordão de Ouro”, porque não se quebrava. Com ou sem mandato, chuva ou sol, era atencioso e solícito com os humildes que lhe batiam à porta, na busca de socorro. E o fazia com simplicidade, simpatia, carinho, caridade e humanismo.