As chuvas que caíram no Estado ao longo desta primeira quinzena trouxeram esperança ao sertanejo que, diante de longos períodos de estiagem, suplica pela chegada de bons volumes pluviométricos. Nos primeiros 15 dias de 2020, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) observou o acumulado de 90,6 milímetros. O índice, que representa mais de 90% do volume esperado para todo o mês, já é superior ao acumulado nos meses de janeiro de seis anos da última década (2018, 2017, 2015, 2014, 2013 e 2012). Os dados são parciais.
Neste recorte temporal de dez anos, apenas três tiveram chuvas acima da média. Em 2019, ao fim de janeiro, a Funceme registrou 109,2 mm. Três anos antes, o órgão anotou 191,8 mm nos primeiros 30 dias do ano e, em 2011, o maior acúmulo. Naquele ano, choveu 212.9 mm, isto é, 115,6% acima da média para o período, que é de 98.7 mm.
O meteorologista da Funceme, Raul Fritz, explica que "janeiro é um mês cuja previsão não é realizada pois os fenômenos que atuam trazendo incidência para o Estado do Ceará são muito voláteis. Eles se modificam muito rapidamente", justifica, ao acrescentar que essas precipitações, embora volumosa, são normais.
Concentração
Duas das sete macrorregiões do Estado já superaram a média histórica para o mês. No Litoral Norte o volume médio observado na primeira quinzena foi de 126.8 mm, com desvio positivo de 14.2%.
Na Ibiapaba, já choveu 13,3% acima da média que, para a Região, é de 109.5 mm. O Sertão dos Inhamuns foi, até agora, a região com menor volume observado (70.4 mm). Ainda assim, a média de janeiro deverá ser superada.
Com informações Diário do Nordeste