Quatro dias após a definição do rebaixamento do Cruzeiro, a diretoria do clube mineiro confirmou nesta quinta-feira a saída de Zezé Perrella do comando da gestão do futebol. Ele havia assumido esta função há apenas dois meses, em meio a turbulências no Cruzeiro, dentro e fora dos gramados.
Perrella, com longo histórico de atuação no clube, já havia deixado o cargo de presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro na terça-feira. Ao se licenciar da função, ele alegara que pretendia se dedicar exclusivamente à gestão do futebol do clube mineiro. José Dalai Rocha assumira a função de presidente do conselho.
Para o cargo de gestor do futebol, Márcio Rodrigues foi o escolhido pela diretoria. Ele foi vice-presidente do clube na gestão de Gilvan de Pinho Tavares, antecessor ao atual presidente, Wagner Pires de Sá.
Perrella, que vinha sendo oposição a Pires de Sá, aceitou se juntar ao grupo no início de outubro, quando o Cruzeiro já vivia situação difícil no Brasileirão. Ele substituiu Itair Machado, alvo de seguidas polêmicas nos últimos meses. Na mais recente, chamou a atenção da oposição do Cruzeiro o alto salário recebido pelo então vice-presidente, de R$ 180 mil por mês, apesar da forte crise financeira vivida pelo clube.
Na polêmica mais grave, Itair e o presidente cruzeirense são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Há suspeita ainda de que os dirigentes tenham infringido regras de transferência da Fifa e da CBF.
Com uma fraca campanha no campeonato deste ano, o Cruzeiro foi rebaixado pela primeira vez na história no domingo, ao ser derrotado pelo Palmeiras por 2 a 0, no Mineirão, na última rodada do Brasileirão. Em 2020, a equipe mineira terá que disputar a Série B.
Com informações Estadão Conteúdo