Com a chegada das festas e confraternizações de final de ano que, geralmente, costumam ter aperitivos com bebidas alcoólicas, criminosos aproveitam o período para lucrar com o comércio de bebidas adulteradas. Nesta atividade ilícita, vodcas e uísques importados de marcas famosas têm o seu conteúdo forjado com diluições e com misturas de bebidas de valor inferior.
“Já constatamos bebidas com o teor alcoólico acima do permitido pela Anvisa e amostras contendo metanol, que é um álcool tóxico que pode causar falta de ar, convulsões, cegueira e outros problemas de saúde. Também encontramos diversos contaminantes provenientes da prática de adulteração e falsificação destas bebidas”, comenta criminal, Túlio Oliveira, supervisor do Núcleo de Química Forense (NUQFO) da Perícia Forense (Pefoce).
Conforme o supervisor do núcleo, os falsificadores usam vários métodos na adulteração, eles diluem a bebida original com substâncias e corantes para simular a cor original do produto e alteram o teor alcoólico das bebidas. Também é comum realizarem a troca de bebidas e de rótulos não apenas de vodca e uísque, fazem adulterações em cervejas também. “Já analisamos cervejas que estavam com rótulos falsos em embalagens de marcas diferentes, bebidas de menor valor com rótulos de bebidas de valores mais elevados”, explica.
Para perceber indícios de falsificação, a Pefoce orienta os consumidores a se atentarem a algumas sinais nos produtos, como se o rótulo ou garrafa estão manchados de cola, se a coloração da bebida estiver diferente – mais clara ou mais escura -, e se dentro da garrafa contiver “particulados”, que são pequenas partículas de substâncias dentro da bebida. Devem também observar a qualidade da impressão dos rótulos e o selo que fica no lacre, pois o selo original possui propriedades ultravioleta diferentemente do selo falso, que é mais simples.
Por fim, o mais importante: o valor. Se a bebida for oferecida com valor muito abaixo do valor comercial, o consumidor pode estar levando para casa um produto adulterado e que pode causar riscos à saúde.
Com informações Cnews