O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a São Paulo para acompanhar o velório do neto, em São Bernardo do Campo, na manhã deste sábado (2). Ele deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba por volta de 7h.
Arthur Araújo Lula da Silva, 7, morreu em decorrência de meningite meningocócica na sexta (1).
Lula recebeu autorização da Justiça Federal do Paraná para acompanhar o velório. A Lei de Execução Penal prevê a permissão de saída de presos para velórios e enterros de familiares, incluindo descendentes.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal também se manifestaram favoravelmente à saída.
O ex-presidente deixou a carceragem da PF, onde cumpre pena por condenações de corrupção na Lava Jato, em um helicóptero. Ele embarcou cinco minutos antes da decolagem e não usava algemas.
Lula então seguiu para o aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, onde trocou de aeronave rumo ao aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Lula decolou novamente às 7h20 em avião do Governo do Paraná, cedido pelo governador Ratinho Júnior (PSD).
Em São Paulo, Lula voa de helicóptero até o cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, onde ocorre o velório e a cremação do corpo da criança.
Na sexta, quando recebeu a notícia da morte, Lula desabou, nas palavras de aliados. Com a foto de Arthur que mantém na cela nas mãos, o ex-presidente repetia que a morte da criança contrariava a lógica da vida, relata o jornal Folha de S.Paulo.
Arthur visitou o avô por duas vezes na sede da PF, no ano passado. Era filho de Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente e de Marisa.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, esteve no velório na noite de sexta. Alexandre Padilha também compareceu.
SAÍDA
É a primeira vez que Lula visita seu reduto político depois que foi preso, em abril do ano passado. Ele deixou a carceragem da PF apenas duas vezes, para prestar depoimentos no prédio da Justiça Federal do Paraná.
A saída da prisão foi autorizada pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal de Lula, nesta sexta-feira. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal também se manifestaram favoravelmente à decisão.
Os detalhes da segurança e do deslocamento do ex-presidente, no entanto, foram mantidos sob sigilo para “preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso, mas a segurança pública”, segundo informou a Justiça Federal do Paraná.
Neste sábado, poucos assessores acompanharam a saída do petista, do lado de fora da PF. No horário de partida do helicóptero, não havia militantes na Vigília Lula Livre, montada em frente à PF desde que o ex-presidente foi preso, em abril do ano passado.
Os militantes decidiram não organizar atos de apoio para dar condições à saída do petista.
Fonte: Yahoo Notícias