Duas pessoas foram atingidas por balas perdidas enquanto acompanhavam a festa da virada do ano na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Um homem foi baleado na perna e uma mulher foi ferida no ombro por volta da 1h desta terça-feira (1º).
Policiais militares disseram que as vítimas estavam no calçadão, próximo ao hotel Copacabana Palace. O homem foi levado para o Hospital Miguel Couto e a mulher, ao Souza Aguiar.
Os policiais acreditam que os tiros partiram do Morro da Babilônia ou da Ladeira dos Tabajaras, que ficam próximos do local da queima de fogos. O nome das vítimas ainda não foi divulgado, nem o estado de saúde delas.
Uma outra mulher, de 49 anos, ficou ferida ao ser atingida por um rojão antes da meia-noite. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela sofreu ferimento na região lombar. Ela está internada pelo serviço de cirurgia plástica do Hospital Municipal Souza Aguiar e seu quadro é estável.
Confusões e agressão
A festa da virada, que reuniu 2,8 milhões de pessoas em Copacabana, foi marcada pela festa no palco e com a queima de fogos, mas também teve muitos roubos e confusões.
Uma equipe de reportagem da TV flagrou arrastões na orla (veja no vídeo acima). Jovens chegavam em bandos para roubar as pessoas. O cinegrafista Evandro Cardoso foi agredido por um integrante da Guarda Municipal quando começou a gravar a ação contra um arrastão.
Sobre a agressão ao repórter cinematográfico, a Guarda Municipal informou que vai identificar o agente e apurar a denúncia. O comando da Guarda disse que orienta o efetivo a agir com respeito na condução de ocorrências, com foco na garantia da integridade de todos os envolvidos - testemunhas e suspeitos.
A GM informou ainda que deteve 13 pessoas por furto, roubo, lesão corporal e tráfico de drogas em Copacabana. Equipes do Programa Rio+Seguro, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), prenderam três pessoas e apreenderam um adolescente por crimes como furto e tráfico de drogas.
Turistas reclamam
Uma família ouvida pela TV Globo contou que viu vários assaltos na praia. "Estava do meu lado um casal, chegou monte de pessoal lá chutando, levando celular, foi um momento de terror", contou o confeiteiro Jorge Alves de Araújo.
A turista venezuelana Raquel Gomez ficou sem a carteira e diz que tentou buscar ajuda da polícia na delegacia. "Eu vim pra cá pra registrar ocorrência, mas estou escutando aqui que não pode fazer, e tem que esperar ou fazer pela internet", reclamou.
Por volta das 2h, havia 11 flagrantes em andamento na Delegacia de Copacabana. Sem gravar entrevista, funcionários contaram que todos os policiais estavam ocupados com esses casos e que só depois as pessoas seriam atendidas. Mas, segundo eles, a espera poderia se estender até de manhã.
Sem o boletim de ocorrência, o funcionário público Renê Guedes e sua mulher não conseguiam voltar pra casa. Os bandidos levaram todo o dinheiro deles e até o cartão do metrô.
"Eles não me dão um boletim de ocorrência que eu queria apresentar no metrô pra poder comprovar que eu fui roubado, no caso furtado, pra poder ingressar no metrô pra ir embora. Eu estou aqui fazendo hora. "
Com informações G1