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terça-feira, 13 de novembro de 2018

São Paulo descarta contratação de Rogério Ceni para 2019

Identificado com o clube, ídolo incontestável da torcida, campeão da Série B com o Fortaleza e sem contrato assinado para 2019. Com tais credenciais, Rogério Ceni poderia ser colocado no topo da lista dos candidatos a assumir o comando do São Paulo na próxima temporada. No entanto, após a queda de Diego Aguirre, o ex-goleiro nem sequer teve o seu nome cotado pelo departamento de futebol tricolor. O principal motivo é o relacionamento ruim entre o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros, o Leco, e o ex-goleiro.

A diretoria optou pela promoção do auxiliar André Jardine nos últimos cinco jogos do time no Brasileirão. Caso ele tenha um bom desempenho, será mantido no cargo. O executivo de futebol do clube, Raí, é um dos principais incentivadores do gaúcho de 39 anos.

Apesar do excelente trabalho nas categorias de base do São Paulo, o técnico ainda enfrenta a desconfiança de alguns dentro do clube pela falta de experiência. Por isso, ainda não há uma certeza de que ele vai ser o comandante em 2019. A reportagem ouviu pessoas próximas a Rogério Ceni e integrantes do departamento de futebol são-paulino e confirmou que o ex-goleiro não deve nem sequer ser chamado para sondagem.

Mesmo em alta no Fortaleza após a conquista da Série B, sua renovação de contrato é dada como incerta. O treinador quer garantia dos dirigentes cearenses de que vai ter um time para brigar no pelotão dianteiro da elite do nacional. Uma reunião será realizada nos próximos dias e, caso a conversa não agrade Ceni, ele e sua comissão técnica vão procurar outro clube.

Além do ex-goleiro, o Fortaleza conta com o preparador de goleiros Haroldo Lamounier, o assistente Nelson Simões, o supervisor técnico Charles Hembert e o preparador físico Danilo Augusto, todos com passagens pelo São Paulo.
Mágoa no São Paulo

Aos ser demitido em julho do ano passado, Ceni se sentiu traído. Ainda quando dirigia o time, ele passou a não compactuar com as atitudes da diretoria. As transferências de jogadores, como Thiago Mendes e Luiz Araújo, irritaram o ídolo.

O ex-goleiro acredita ter sido utilizado como uma espécie de garoto-propaganda de Leco em sua campanha para a eleição presidencial, em abril. Após o treinador deixar o clube, o dirigente isentou a diretoria de qualquer culpa pela queda de resultados do time e chegou a criticar o ex-goleiro.

Os dois também trocaram farpas em outras ocasiões. Em entrevista ao UOL Esporte, em agosto do ano passado, o pai de Rogério, Eurydes Ceni, já achava improvável uma volta do filho ao Morumbi até o fim do mandato de Leco. Com informações Diário do Nordeste.