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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Alckmin é vaiado duas vezes durante evento evangélico


O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, minimizou as vaias e gritos de "Bolsonaro" recebidas durante a abertura da Expo Cristã, evento realizado por comunidades evangélicas na capital paulista. "O que eu vi foi uma plateia bem dividida. É que sempre existe aquele pessoal mais ruidoso. Se fizer uma pesquisa aí, vai dar uma votação bem dividida", disse o ex-governador a jornalistas, após deixar o evento.

Alckmin foi vaiado duas vezes no evento, ontem. A primeira, quando foi anunciado por João Doria (PSDB), que o precedeu no palco, e a segunda, quando subiu ao palco. Indagado por jornalistas, o ex-governador reiterou ainda que não vai mudar a estratégia de bater em Bolsonaro. "A nossa estratégia não foi feita com base em pesquisa, mas com base em coerência. A política precisa ter mais valores, mais princípios", disse. Também presente ao evento, Magno Malta foi bastante aplaudido pelos presentes ao dizer que veio no lugar de Jair Bolsonaro (PSL), que continua internado no hospital Albert Einstein após receber uma facada, no último dia 6.

A menção ao presidenciável levou integrantes da plateia a soltarem gritos de "ele sim", em referência à campanha realizada por grupos feministas na internet desde a última semana.

Malta também fez pregação contra o que considera ser "ideologia de gênero" e disse que Bolsonaro foi atacado por defender valores como esses. "Temos um homem esfaqueado. 'Ah, mas ele advoga a violência'. E agora vai proibir facas nos restaurantes, nas churrascarias?", indagou, recebendo aplausos.

Estratégia

Em campanha em Belo Horizonte, Alckmin voltou a dizer que continuará fazendo campanha não só contra Bolsonaro mas também contra o petista Fernando Haddad. A declaração foi dada depois de o senador Cássio Lima sugerir que ataques a Bolsonaro deveriam parar. "Nem um, nem outro", disse o tucano.

O ex-governador paulista voltou a atribuir ao PT os 13 milhões de desempregados e falou que "cada bala disparada do revólver da maldade do Bolsonaro atinge a população", em referência a recentes polêmicas envolvendo impostos, a recriação da CPMF e direitos trabalhistas. Alckmin fez caminhada na Regional Barreiro, em Belo Horizonte, um dos maiores colégios eleitorais da cidade. Ao entrar em uma padaria, onde tomou café, ouviu gritos de "Lula livre".

Fonte: Diário do Nordeste