Manuela D'Avila foi oficializada ontem candidata do PCdoB à Presidência da República, mas deixou claro que vai tentar, até onde for possível, uma unidade das forças de esquerda.
PT, PCdoB, PSB e PDT não chegaram, até agora, a qualquer entendimento para uma candidatura única ao Planalto.
"A unidade da esquerda deve ser defendida até o último dia que seja possível", disse Manuela, em discurso aos militantes, que a aclamaram candidata por unanimidade. A candidata sinalizou que está aberta a negociações até domingo (5), quando termina o prazo para a realização de convenções. Perguntada se aceitaria compor apenas com o PT, sendo candidata a vice, disse que gostaria de representar uma aliança mais ampla.
No próximo sábado (4), os petistas vão lançar o nome de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto - o ex-presidente já foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e está preso em Curitiba "Nós nunca defendemos isso (aliança só com o PT). Sempre defendemos que a unidade fosse a maior possível para esse campo político. Portanto, nós não nos colocamos como óbice. Eu ficaria feliz se (a unidade) fosse de três ou quatro (partidos)", afirmou. Durante seu discurso, Manuela defendeu Lula algumas vezes. Afirmou que o ex-presidente está preso "porque lidera as pesquisas" e que "o maior líder do País está encarcerado injustamente".
O governador do Maranhão, Flávio Dino saudou a "coragem" de Manuela ao "se submeter à voracidade dos que acham que são os donos da História".
"Podem ser os donos do capital, mas não são os donos da História. Tem que ter ousadia para enfrentar a hegemonia do que foi construído nos últimos tempos. Ela entra para o panteão dos heróis do nosso partido", disse à plateia formada majoritariamente por militantes.
Comparação
Dino também destacou a sua campanha à reeleição pelo governo do Maranhão e disse estar otimista. Ele reuniu 16 partidos na coligação que enfrentará Roseana Sarney (MDB). O vice-governador Carlos Brandão (PRB) continua na chapa.
Fonte: Diário do Nordeste