O presidente da Associação dos Homens Mal Amados do Estado do Ceará, mais conhecida como "Associação dos Cornos", José Maria, afirma que foi impedido de permanecer no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALCE) nesta terça-feira, 20. Ele protesta que foi "acompanhado para fora" após negar tirar o acessório de chifres, símbolo que representa a classe.
"Fui entrar aqui na galeria do plenário da Assembleia Legislativa do Ceará, mas não pude entrar com minha vestimenta de presidente. Foi pedido para me retirar do local", conta em vídeo. Ele afirma que vai entrar com pedido junto ao Ministério Público do Estado do Ceará para investigar o caso, que ele trata como discriminação.
José Maria, que também é professor de legislação de trânsito, conta que foi conhecer como funcionava a rotina dos deputados. Ele explica que foi "muito bem recebido" por políticos e funcionários, até ser abordado por um policial.
"Ele falou que eu tinha que retirar meu chifre e a faixa presidencial, e eu falei que era mais fácil eu sair. Eu represento uma categoria, uma classe", defende. "Com pouco tempo chegou um coronel e me chamou com um 'me acompanhe'. Fui acompanhando até o lado de fora".
"Eu me senti mal com todo mundo olhando para mim. Me senti humilhado, discriminado. Mesmo com o trabalho que faço na Associação, me senti pequeno, inútil, vulnerável e incapaz", continua. "Eu já tentei subir a rampa do Planalto e não fui discriminado do jeito que fui aqui no Ceará".
Em nota, a assessoria de imprensa da ALCE confirma que Zé Maria não pôde permanecer na galeria do plenário por estar utilizando os chifres na cabeça. "De acordo com a 2º Companhia de Policiamento de Guarda da Casa, o Sr. José Maria teve acesso às dependências da Assembleia Legislativa, como qualquer cidadão. No entanto, seguindo o regimento interno (Art. 361), que diz "será permitida a qualquer pessoa, decentemente vestida, assistir às sessões da galeria", foi solicitada a retirada da indumentária quando ele teve acesso à galeria, que faz parte do Plenário 13 de Maio, onde estavam sendo votadas matérias".
Fonte: O Povo