A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acusou os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de combinarem votos e condenarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “sem provas e sem crime”.
Os três não só confirmaram a sentença que já havia sido estabelecida pelo juiz Sérgio Moro como aumentarem a pena do petista e a multa a ser paga por ele no caso do tríplex do Guarujá.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Gleisi confirmou que em “qualquer circunstância Lula é nossa liderança e nosso candidato.”
Questionada sobre o que deve acontecer caso Lula seja preso, Gleisi argumentou que ainda cabem recursos no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.
“Não acredito que a corte suprema vai deixar acontecer uma barbaridade dessas. Seria uma violência não só contra Lula, mas contra a democracia e o povo brasileiro, pela representatividade que ele tem no país”, declarou.
A presidente do PT também disse que o partido não trabalha com a hipótese da prisão de sua principal liderança. “(Se ela ocorrer) Teremos um período de grande instabilidade das instituições. Como se justifica que você tem um líder popular da dimensão do Lula, que fez o que fez pelo Brasil, condenado injustamente e preso? Há reação sobre isso. E ela não é só da militância do PT. É uma reação nacional e internacional também.”
Gleisi também chamou o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, que solicitou a retenção do passaporte do ex-presidente de “desqualificado” e alegou que ele queria “ganhar cinco minutos de fama” com a decisão.
Fonte: Yahoo Notícias