Policiais civis decidiram, ontem, encerrar a greve da categoria, que já durava 18 dias. A decisão ocorreu em assembleia que se estendeu por cerca de duas horas e foi realizada ao lado do Palácio da Abolição, no acampamento onde parte dos grevistas estava desde o dia 19 de outubro. As barracas e cadeiras foram retiradas da Avenida Barão de Studart pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpol-CE).
De acordo com o presidente do Sinpol-CE, Lucas Oliveira, a categoria decidiu encerrar a greve para tentar avançar nas negociações com o Governo do Estado. "A população estava sofrendo com a paralisação e o governo se mostrou intransigente e não abriu diálogo. Também havia a determinação judicial pelo fim da greve. Esperamos que agora com o fim do movimento as negociações avancem e a categoria consiga as melhorias pelas quais estamos lutando".
Os policiais civis já haviam entrado em greve em setembro e retornaram às atividades depois que o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) decretou a ilegalidade da paralisação e fixou multa para os diretores do Sindicato e demais policiais civis que continuassem sem trabalhar. Diante da decisão judicial, o movimento foi encerrado.
No entanto, no dia 27 de outubro, em nova assembleia, inspetores e escrivães decidiram parar novamente. Um dia depois, a Justiça entendeu que a greve era a mesma e aumentou o valor da multa para os grevistas. Mesmo com a nova liminar, a categoria decidiu manter a paralisação e o acampamento no entorno do Palácio da Abolição.
A administração da Polícia Civil denunciou os policiais em greve à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) para apurar supostas transgressões disciplinares.
Fonte: Diário do Nordeste