Depois de realizarem uma rebelião com muita destruição, na noite do último sábado (26), cerca de 100 presos recolhidos na Penitenciária Indústria e Regional do Cariri (PIRC) foram transferidos para outras unidades do Sistema Penitenciário do Estado. Os locais escolhidos para abrigar os amotinados são cadeias e presídios da própria Região Sul do Estado.
A transferência aconteceu entre a madrugada de domingo e o restante do dia. Já dentro da penitenciário o clima continua tenso e a secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) inicia hoje (28) a recuperação dos pavilhões, corredores e vivências que foram atingidos pela destruição. Os rebelados queimaram colchões e roupas, arrancaram grades e portões e fizeram muito barulho.
Cerca de 50 policiais militares do 2º Batalhão, do Ronda do Quarteirão, Batalhão de Divisas e do Batalhão Raio foram mobilizados ainda na noite de sábado para conter os revoltosos. Uma informação colhida pelas autoridades revela que o motim ocorreu durante um conflito entre os próprios internos e que poderia ter resultado em uma carnificina.
Acerto
Os presos da Vivência Um teriam se armado para ir a um “acerto de contas” com seus desafetos, que são os detentos recolhidos na Vivência Seis. Neste meio tempo, os que iriam ser executados passaram a jogar objetos e a incendiar colchões para impedir a entrada dos inimigos, gerando o tumulto.
A Sejus negou terem ocorrido fugas e mortes durante a rebelião. Alguns presos teriam ficado feridos, mas sem gravidade. Uma equipe da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) deverá realizar hoje uma vistoria no local para avaliar a extensão dos danos causado ao patrimônio público. Um inquérito deve ser instaurado pela Polícia Civil para apontar os responsáveis pelo crime.
Fonte: Ceará News 7