Os juízes eleitorais das 13 zonas de Fortaleza pediram ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) que seja requisitado o envio de tropas federais para o segundo turno das eleições na capital cearense.
A matéria será apreciada pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, que decidirá sobre a requisição de tropas federais ao TSE. “A Presidência do TRE-CE despachou no sentido de ouvir o presidente da Comissão de Segurança Permanente da Justiça Eleitoral do CE, juiz Mauro Liberato, o procurador regional eleitoral, Marcelo Mesquita Monte, e o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana”, informou o TRE, com base no Código Eleitoral.
No pedido, os juízes relataram oito episódios "de excessos e omissões por parte de policiais" no último domingo (2), dia do primeiro turno. Todos os casos citados pelos juízes envolveram situações com camisas em alusão ao Capitão América.
No último sábado (1º), o juiz José Krentel, da 116º Zona Eleitoral, havia proibido, por meio de uma decisão liminar, a pedido do Ministério Público Eleitoral, que a coligação "Justos somos mais" confeccione, divulgue e distribua camisas "atinentes a marca ou escudo do Capitão América ou produtos similares". A coligação tem Capitão Wagner como candidato a prefeito de Fortaleza. O G1contactou a assessoria de imprensa do candidato mas as ligações não foram atendidas.
"No primeiro turno, durante toda a manhã, recebemos reclamações de eleitores, advogados de partidos e auxiliares da justiça eleitoral, de que policiais permaneciam a menos de 100 metros do local das seções e no interior dos prédios, onde havia seção, em desacordo com as orientações que lhes tinham sido repassadas pelo juiz auxiliar da corregedoria", enfatizaram os juízes.
Atuação dos policiais
Ao G1, o presidente da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), Reginauro Sousa, questionou se a Força Nacional vai ser suficiente para “garantir a lisura do processo”. “Será que a Justiça Eleitoral tem tomado as medidas cabíveis para punir os principais responsáveis por todos os desmandos que estão acontecendo no pleito?”, acrescentou.
Ele reclamou ainda que o policiamento disponibilizado para o pleito, além de ser “insuficiente”, atuou com “restrições e limitações”. “O que temos em Fortaleza nas últimas eleições é um desmando completo do poder de vários candidato, de grupos políticos, que desrespeitam a legislação e causam sensação que o estado é impotente para garantir a lisura do pleito”, criticou.
Fonte: G1