Pelo menos de 1,5 milhão dos 2,6 milhões de estudantes que cursavam o 9.º ano do ensino fundamental em 2015 já tinha consumido bebida alcoólica alguma vez na vida, e 236,8 mil experimentado drogas ilícitas. O número é o maior já registrado, e representa 55,5% e 9% do total, respectivamente, segundo indica Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE ) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até então, o maior porcentual foi registrado em 2012, em que 50,3% dos estudantes entre 14 e 16 anos haviam reproduzido a mesma prática em relação a bebidas alcoólicas e 7,3% usado drogas ilícitas. Segundo aponta a PeNSE, sobre o consumo atual de álcool e drogas ilícitas, 626,1 mil e 110,5 mil estudantes tinham feito uso dessas substâncias nos últimos 30 dias antes da pesquisa, pela ordem 23,8% e 4,2%.
Pelo menos 21,4% relataram já ter vivenciado algum episódio de embriaguez. Considerando só os estudantes que já experimentaram uma dose de bebida alcoólica, a ocorrência de embriaguez foi de 38,5%. Entre 2012 e 2015, houve aumento de estudantes que já experimentaram drogas ilícitas – maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume, ecstasy e outros.
O consumo atual de maconha foi declarado por 4,1% dos estudantes. Levando em conta os alunos que já usaram drogas ilícitas alguma vez na vida, o consumo atual de maconha foi de 46,1%. Ainda considerando os estudantes que já usaram drogas ilícitas, 5,5% declararam o uso de crack alguma vez nos últimos 30 dias, o que corresponde a 0,5% da população de estudantes pesquisados.
Já a quantidade de estudantes que já havia experimentado cigarro caiu de 19,6% em 2012 para 18,4% em 2015. A pesquisa mostra diversos pontos interessantes sobre os estudantes jovens brasileiros, dentre eles: 88,6% dos estudantes tinha idade entre 13 e 15 anos, e 51% tinham 14 anos; a rede pública de ensino concentrou 85,5% dos estudantes, ou 2,3 milhões, enquanto 14,5% estudavam na rede privada – 380,4 mil.
Escolas
Assim, a pesquisa mostra que o uso de drogas foi mais intenso entre os alunos das escolas públicas do que entre os de escolas privadas, 9,3% contra 6,8%. Também apresenta que tanto a experimentação quanto o consumo atual de bebida alcoólica é maior entre as meninas. O indicador de experimentação foi de 56,1% para as meninas e de 54,8% para os meninos, e o consumo atual foi de 25,1% para elas e 22,5% para eles.
Fonte: CNM