Uma criança de dois anos morreu na última quinta-feira por parada cardiorrespiratória após tomar um achocolatado. Segundo denúncia feita pela mãe da criança à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o filho estava bem e começou a passar mal logo após ingerir a bebida, sofrendo com falta de ar, fraqueza e princípio de desmaio. Ainda segundo o relato, ela e um tio da criança também apresentaram mal-estar momentâneo após ingerir um pouco do mesmo achocolatado.
Quando começaram os sintomas, a criança foi levada para a Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, Mato Grosso, mas faleceu uma hora após a internação. Em seu depoimento, a mãe, de 28 anos, disse que o filho bebeu o achocolatado Itambezinho, da marca Itambé, por volta das 9 horas da manhã. Antes disso, a vítima estava bem, apresentando apenas os sintomas de um resfriado leve havia dois dias. Após ingerir um pouco do mesmo achocolatado, a mãe relatou ter sentido náuseas e tontura. O tio do menino, com sintomas mais fortes, teria se dirigido ao Pronto-Socorro de Cuiabá.
A Polícia Civil apreendeu cinco caixas do achocolatado na residência da família e a embalagem vazia da unidade que teria sido consumida pela criança. Agora, o material passará por análise. As amostras colhidas do estômago da criança durante o exame de necropsia também serão avaliadas pelos peritos. Segundo a mãe, o achocolatado foi dado a ela por um vizinho, que ainda não foi localizado para prestar esclarecimentos.
Embora não haja confirmação de que o achocolatado tenha causado a morte da criança, a Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária do Mato Grosso solicitou a interdição cautelar do lote completo de todos os achocolatados da marca Itambezinho que tenham sido fabricados em 25 de maio deste ano, com validade até 21 de novembro de 2016.
Em nota, a empresa afirmou que foi notificada dos fatos na última sexta-feira e esclareceu que mantém contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e que está auxiliando na apuração dos fatos. Ainda segundo a Itambé, o Itambezinho está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema do gênero; e que até o presente momento, não houve nenhuma outra reclamação do mesmo lote.
A mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), que já conversou com a família da vítima, irá ouvir os médicos e aguarda o laudo com o resultado dos exames da criança e da análise das amostras colhidas.
Fonte: Veja.com