Óbvio que baratas não são mamíferos e não produzem leite, mas a barata-besouro do Pacífico (Diploptera punctata) produz uma secreção para alimentar seus filhotes, que se desenvolvem dentro das mães, em uma estrutura que parece um útero. Os bebês-baratas ingerem essa secreção que fica cristalizado no estômago das mães.
Um time de cientistas da Índia, França, Japão, Canadá e do National Institutes of Health, nos Estados Unidos, analisaram esses cristais e estimam que cada um dos cristais de leite de barata tem cerca de quatro vezes o valor nutricional do leite de vaca. Além disso, ele é bem nutritivo e contém todos os aminoácidos essenciais, mais carboidratos e lipídios. Pela alto teor de proteína e energia, o leite de barata poderia se tornar um completo ideal para atletas se recuperarem depois do treino.
O leite de barata ainda não está disponível para o consumo humano e ainda está sendo analisado se não seria tóxico em nenhum nível para os humanos. Se for aprovado para o consumo, a substância não ia vir das baratas, é claro. A substância, provavelmente seria desenvolvida em laboratórios, informou o pesquisador Subramanian Ramaswamy ao The Washington Post.
“Acho que ninguém vai gostar se você dizer: extraímos cristais de uma barata e isso vai se tornar comida”, disse Subramanian Ramaswamy.
Fonte: Vírgula