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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Empresário investigado morreu por envenenamento, diz exame

O empresário Paulo César de Barros Morato, cujo corpo foi encontrado no dia 22 de junho em um motel de Olinda (PE), morreu por envenenamento com pesticida - veneno conhecido como chumbinho. A causa da morte foi divulgada nesta quinta-feira, 30 pela Polícia Civil de Pernambuco.
Morato, de 47 anos, estava foragido e era procurado pela Polícia Federal na Operação Turbulência, que investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo 18 contas bancárias de empresas usadas para pagamento de campanhas eleitorais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em 2010 e 2014. O esquema movimentou R$ 600 milhões, segundo as investigações. 
Morato era dono da empresa que comprou o avião que transportava Campos quando caiu em Santos, no litoral paulista, matando o então candidato à Presidência da República, em 13 de agosto de 2014.
O exame das vísceras de Morato - cujo corpo permanece no Instituto Médico-Legal do Recife e ainda não foi reclamado pela família - apontou quadro de "intoxicação exógena por organofosforado". 
Laudos
Os peritos ainda trabalham em oito laudos sobre o caso, que devem ser concluídos nos próximos dias para determinar o local exato do envenenamento e por que o empresário estava no motel. Segundo o governo de Pernambuco, administrado por Paulo Câmara (PSB), a Polícia Civil agora trabalha para descobrir se Morato foi envenenado ou se cometeu suicídio.
A Polícia Federal acompanha o caso. Morato era dono da Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa titular de contas nas quais foram depositados pela empreiteira OAS, segundo a PF, os R$ 18 milhões usados para pagar o Cessna Citation que caiu em Santos.
A Operação Turbulência, iniciada em janeiro, efetuou prisões e apreensões baseadas em levantamentos de informações e provas coletadas também na Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobrás.